Compreendi, já há algum tempo, que o mal do ser humano é a preguiça cerebral. Aquela preguiça que nos impede de processar mais do que três ou quatro impulsos eléctricos no nosso cérebro. Que nos torna objectos do tempo, tempo esse que nos desgasta mentalmente.
Os seres humanos têm capacidades extraórdinarias, que não necessito aqui de divulgar. Contudo, muitos escondem-se atrás de si mesmos, numa sociedade que nos quer( e sempre quis) conduzir.
De experiência pessoal, posso dizer que conheço vários seres humanos com capacidades creativas excepcionais, mas que simplesmente preferem navegar na corrente da vida, em vez de criar algo, para eles e para o mundo. Porque viver não é apenas preencher-mo-nos por necessidades ou prazeres, é também dar algo ao mundo e às gerações do futuro, dar algo ao ser humano. Se não fosse esse o propósito então porque morremos nós?
Temos que criar, desenvolver e ajudar, para deixar uma marca no mundo. Um amigo meu disse-me, recentemente, que era criminoso uma mulher não ter filhos por decisão própria, por "não ter tempo para o criar", que a igreja é um meio de controlo positivo do ser humano e que sem ela, a humanidade ter-se-ia perdido algures no tempo. Nunca tinha pensado profundamente sobre estas questões, mas concordei com ele.
O ser humano, é sem dúvida um ser fenomenal, capaz de criar vida e morte. Não seremos nós o nosso próprio Deus?
segunda-feira, 20 de julho de 2009
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2 comentários:
Explica-me isto:
Muitos escondem-se atrás de si mesmos, numa sociedade que nos quer( e sempre quis) conduzir.
Ou seja aqui é mau a sociedade controladora de comportamento, mas depois:
Igreja é um meio de controlo positivo do ser humano e que sem ela, a humanidade ter-se-ia perdido algures no tempo
Aqui já é bom algo que nos controla? E acaba por ser um contra senso a muito níveis. Por um lado porque no contexto nacional a Igreja representa um condicionador imenso da sociedade e dos seus comportamentos, por outro lado a expressão "meio de controlo positivo" faz tanto sentido como "chicotadas educativas".
Mas continuemos a dissecar este post. Concordo que haja pessoas com capacidades criativas excepcionais que preferem navegar na corrente da vida em vez de criar algo. O giro e que navegar nessa corrente envolve ter filhos, e que se calhar as mulheres que não querem ter filhos o escolhem para investirem em si próprias, para que um dia possam criar algo que faça a diferença.
Um filho, acredito que seja uma coisa maravilhosa, e apesar de ser difícil criar um, e facílimo de fazer. Ninguém escreve uma obra de literatura por acidente, mas um filho as vezes surge assim. E´ verdade que custa criar mas não envolve nenhum tipo de habilidade individual definidora de determinada pessoa.
Resumindo: Ter filhos é a easy way de deixar uma marca no mundo que quase toda a gente faz (e ainda bem). As pessoas que tiram tempo para se melhorarem para ter um impacto no mundo, essas eu admiro.
Finalmente:
"Não seremos nós o nosso próprio Deus?"
Se calhar somos, mas não deixes que a Igreja, esse ó tão virtuoso e glorioso, pretenso Big Brother espiritual, te oiça dizer isso, porque significa que algo não esta a funcionar bem com esse "controlo positivo do ser humano".
Não se confunda. A religião trouxe importantes progressos a humanidade. O facto de no cristianismo Deus acolher todos a salvação (muito melhor que a opção judaica) e que por consequência somos todos iguais em direitos e liberdades foi a melhor coisa que nos podia ter acontecido. Mas a Igreja? Se fosse por ela o mundo era plano, os astros giravam a volta da terra e mulheres aleatórias eram queimadas por praticar feitiçaria. E este o controlo positivo da Igreja que supostamente incentiva a criação de que falas?
Eu cá sou o meu Deus. E o teu. E o de todos.
Isto fez imenso sentido.
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