Primeira 'Curta'. Primeira brincadeira com a câmera. Peço desculpa pela qualidade, mas a culpa é do usb e da minha preguiça por melhorá-la.
Última caminhada pela vida de um Rapaz, na qual as pessoas mais importantes da sua vida se vieram despedir, antes que este chegue ao Paraíso.
Poema:
E ser-se novo é ter-se o Paraíso,
É ter-se a estrada larga, ao sol, florida,
Aonde tudo é luz e graça e riso!
E os meus dezoito... (Sou tão novo!)
Dizem baixinho a rir: «Que linda a vida!...»
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Os Melhores do Ano 2008
1- We Own The Night- James Gray
Melhor filme de 2008. Fenomenal interpretação de Joaquin Phoenix, que uma vez mais este ano lida com a perda de alguém da sua familia(para o personagem). Mark Whalberg tem também uma grande interpretação, demonstrando que está ao nivel do que fez em "The Departed". História de prender do inicio ao fim, realização sufocante e magnifica, personagens humanamente desenvolvidos, banda sonora fascinante e um final glorioso, fazem deste ' We Own the Night' o merecido vencedor de 2008, traduzindo-se assim numa obra para ver e rever, seja qual for o estado de espirito.

2- There Will Be Blood- Paul Thomas Anderson
Não há muito a dizer desta obra-prima, é sem dúvida isso mesmo, uma obra-prima, com uma banda sonora excepcionalmente arrepiante, uma realização medida e perfeita, relações humanas extraordinárias e uma interpretação que ultrapassa o ser humano(Daniel Day-Lewis).
'There Will be Blood' é dos melhores filmes dos últimos anos, e um exemplo de cinema no seu expoente máximo.
3- Reservation Road- Terry George

Filme que explora o limite do horror que é perder um filho e saber que essa perda foi causada pela irresponsabilidade de outro ser humano, alguém que anda por aí. Obra-Prima!
4- Before The Devil Knows You're Dead- Sidney Lumet

Brilhante realização de Lumet e pericia argumentativa Kelly Masterson.
5-Redbelt- David Mamet

Uma história brilhante e uma enorme interpretação de Chiwetel Ejiofor!
6- Wall-E

Todas estas características tornam 'Wall-e' num dos melhores filmes de animação americanos dos últimos muitos anos. Afinal a América ainda respira boa animação!
7- The Happening- M. Night Shyamalan

8- The Darjeeling Limited - Wes Anderson

9- Burn After Reading - Ethan Coen & Joel Coen

10- John Rambo - Sylvester Stallone

A relembrar os antigos filmes de acção onde a violência não era medida, e bem.
Stallone fez bem em regressar.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
A morte tudo aceita

Tinha a arma dentro da boca e o dedo no gatilho! Bastava uma pequena pressão e acabava tudo ali. Os objectos deixavam de existir, os países de serem países, os planetas de girar.
Para ela deixava tudo de ter razão. No seu Mundo as guerras deixavam de existir, apenas o silêncio, vazio de qualquer sentimento, iria habitar em si. Era isto que ela procurava, o verdadeiro silêncio, a verdadeira ceguêira. A sua mente, o mundo, não lhe permitia tal coisa. Parou! Voltou a guardar a arma. Apenas porque se lembrou dela, a sua razão e doença ao mesmo tempo.
Assumir perante todos que em vez de um namorado se tem uma namorada não é fácil, muito menos aqui. Não aguentava muito mais a pressão do Mundo sobre uma escolha que não tinha sido dela. Refutar tudo seria refutar a sua própria razão de ser, e dessa forma a morte seria mais agradável. Tentara já alcançá-la vezes de mais, contudo o amor que sentia pela pessoa do mesmo sexo fazia com que se sentisse mais forte neste Mundo.
Ao sétimo dia do quarto mês ali estava ela novamente, no cimo daquele prédio, mas desta vez acompanhada da sua vida, o seu amor.
Deram as mãos, sorriram e saltaram juntas.
Foi um salto tão cheio de vida e amor para a morte e a tristeza, no silêncio absoluto de um Mundo que nunca as negará.
domingo, 30 de novembro de 2008
Sister

It's a rather quiet night
Feel the ground against my back
Counting stars against the black
Thinking bout another day
Wishing I was far away
Whether they were dreams or worries
You were there with me
Sister, I hear you laugh
My heart fills full up
Keep me please
Sister, when you cry
I feel your tears running down my face
Sister, Sister keep me
I hope you always know its true
I would never make it through
We could make the sun go down
Just by walking away
Playing like we used to play
Our kingdom will never go away
Feel you beating in my chest
I'll be dead without
Sister, I hear you laugh
My heart fills full up
Keep me please
Sister, when you cry
I feel your tears running down my face
Sister, Sister will you keep me?
I would never make it through
Hope you always know its true
You could make the heaven's fall
Just by walking away
Sister, I hear you laugh
My heart fills full up
Keep me please
Sister, when you cry
I feel your tears running down my face
Sister, Sister keep me
by Dave Matthews Band
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Anjos da Morte
Abriu os olhos e levantou-se da cama com o intuito de se despachar rapidamente. Lá fora o sol nascia nas ruas de Viena, cidade cheia de história e magia. A sua irmã já esperava por ele, que nunca conseguia chegar a horas. Tinham combinado tomar o pequeno-almoço nesta manhã de Sábado.
Saiu á rua com menos roupa do que devia, pois estava um tempo gélido de Novembro. Pelo caminho viu dois Anjos, alguém iria morrer e ser transportado para o 'outro mundo', um mundo melhor segundo se dizia. Robert não acreditava nisso. Para ele não havia um mundo melhor do que este em que habitava a sua magra pessoa, de barba negra por fazer e cabelo que ultrapassava por pouco as orelhas. O mundo de Robert é igual ao nosso, excepto no facto de que existem Anjos que levam as pessoas para a 'morte'. Quando um Anjo se aproxima perante uma pessoa significa que essa pessoa tem no máximo vinte e quatro horas de vida, sendo impossível escapar ou impedir a sua morte. O Anjo não fala, não esboça um sorriso, apenas pega no corpo e parte em silêncio. Muitos pensaram já em matar o Anjo antes que morressem, contudo, quem matar um Anjo morrerá logo de seguida. Porém, é dito que os Anjos apenas levam as boas almas, para um lugar melhor do que as outras, mas é apenas expeculação e o Anjo nada expressa.
Percorrria as ruas principais, levando o cigarro à boca demasiadas vezes. Depois de vinte cinco minutos a andar, chegou finalmente ao seu destino. A irmã esperava-o já sentada no exterior do café.
Após um longo abraço, Catherine contou ao irmão todas as suas novidades, iria ser mãe. Robert não se aguentou em lágrimas e festejou como um louco. A sua 'pequena' irmã, já tão crescida iria ser mãe.
Depois de uma hora de conversa, ouviram-se alguns gritos ao fundo da rua. Era um Anjo que descia do céu. Para onde iria ele? Era difícil descrevê-lo, usava roupa humana e não parecia objectivamente masculino nem feminino, talvez uma mistura dos dois, mas era belo, com as suas longas asas brancas.
Subitamente, o pavor, horror, medo, angústia e pânico apoderaram-se de Robert! Não podia ser, tudo menos isto! O Anjo tinha parado sobre a sua irmã! Esta, pouco reagiu, limitou-se a deixar escorregar algumas lágrimas pela cara. Robert questionava-se sobre o que deveria fazer. Sabia que se matasse o Anjo morreria ele, sendo que amanhã poderia aparecer outro para levar a irmã. Mesmo que fugissem o Anjo iria sempre atrás. Não havia solução...a sua irmã tinha no máximo vinte e quatro horas para viver.
Abraçaram-se longamente e de forma imensamente sentida. Como viver as últimas horas de uma vida?
As últimas horas de Catherine foram passadas com amor. Encostada ao ombro do seu irmão, olharam os dois o rio durante várias horas, sem exprimir qualquer palavra. Não era necessário.
Estava morta. Tinha morrido no seu ombro de forma calma e tranquila.
O Anjo pegou no corpo e desapareceu para o além.
Robert prometeu então a si mesmo que iria viver uma vida correcta, de forma a também ele ser levado por um Anjo e encontrar a sua irmã.
Dedicado a todos os que perderam um/a Irmão/ã.
Saiu á rua com menos roupa do que devia, pois estava um tempo gélido de Novembro. Pelo caminho viu dois Anjos, alguém iria morrer e ser transportado para o 'outro mundo', um mundo melhor segundo se dizia. Robert não acreditava nisso. Para ele não havia um mundo melhor do que este em que habitava a sua magra pessoa, de barba negra por fazer e cabelo que ultrapassava por pouco as orelhas. O mundo de Robert é igual ao nosso, excepto no facto de que existem Anjos que levam as pessoas para a 'morte'. Quando um Anjo se aproxima perante uma pessoa significa que essa pessoa tem no máximo vinte e quatro horas de vida, sendo impossível escapar ou impedir a sua morte. O Anjo não fala, não esboça um sorriso, apenas pega no corpo e parte em silêncio. Muitos pensaram já em matar o Anjo antes que morressem, contudo, quem matar um Anjo morrerá logo de seguida. Porém, é dito que os Anjos apenas levam as boas almas, para um lugar melhor do que as outras, mas é apenas expeculação e o Anjo nada expressa.
Percorrria as ruas principais, levando o cigarro à boca demasiadas vezes. Depois de vinte cinco minutos a andar, chegou finalmente ao seu destino. A irmã esperava-o já sentada no exterior do café.
Após um longo abraço, Catherine contou ao irmão todas as suas novidades, iria ser mãe. Robert não se aguentou em lágrimas e festejou como um louco. A sua 'pequena' irmã, já tão crescida iria ser mãe.
Depois de uma hora de conversa, ouviram-se alguns gritos ao fundo da rua. Era um Anjo que descia do céu. Para onde iria ele? Era difícil descrevê-lo, usava roupa humana e não parecia objectivamente masculino nem feminino, talvez uma mistura dos dois, mas era belo, com as suas longas asas brancas.
Subitamente, o pavor, horror, medo, angústia e pânico apoderaram-se de Robert! Não podia ser, tudo menos isto! O Anjo tinha parado sobre a sua irmã! Esta, pouco reagiu, limitou-se a deixar escorregar algumas lágrimas pela cara. Robert questionava-se sobre o que deveria fazer. Sabia que se matasse o Anjo morreria ele, sendo que amanhã poderia aparecer outro para levar a irmã. Mesmo que fugissem o Anjo iria sempre atrás. Não havia solução...a sua irmã tinha no máximo vinte e quatro horas para viver.
Abraçaram-se longamente e de forma imensamente sentida. Como viver as últimas horas de uma vida?
As últimas horas de Catherine foram passadas com amor. Encostada ao ombro do seu irmão, olharam os dois o rio durante várias horas, sem exprimir qualquer palavra. Não era necessário.
Estava morta. Tinha morrido no seu ombro de forma calma e tranquila.
O Anjo pegou no corpo e desapareceu para o além.
Robert prometeu então a si mesmo que iria viver uma vida correcta, de forma a também ele ser levado por um Anjo e encontrar a sua irmã.
Dedicado a todos os que perderam um/a Irmão/ã.
domingo, 12 de outubro de 2008
Vida/Morte

No video: Morte entre várias pessoas.
Uso uma foto, e um video do filme 'Black Hawk Down', do realizador Ridley Scott, para ilustrar a realidade.
Parecem duas coisas diferentes, sem ligação. Uma foto onde duas pessoas espelham um amor enorme sem ser preciso movimento ou palavras. E um video onde guerra, morte, destruição e caos são situações abundantes.
Contudo, a ligação é lógica e mais objectiva do que possa parecer.
O ser humano cria outros seres humanos, faz com que cresçam, aprendam, evoluíam, para depois os destruir. Os seres humanos destroiem-se uns aos outros, é algo da natureza, dizem...
Porque nao pode ser tudo como a foto? Porque não aprendemos nós com quem ainda não sabe falar, julgar ou decidir? Porque temos que destruir o que nós próprios construimos?
A foto é um exemplo da vida, o video é um exemplo da morte. Vida e Morte andam de mãos dadas, mas nao há morte na vida, nem vida na morte.
Temos que elogiar e incentivar ao amor, ao amor que é genuino, ao amor que a foto espelha, quanto ao video, há que ser racional e por vezes tentar compreender que a vida não tem que ser vivida para os outros, mas apenas para nós.
Que caminho escolher?
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