Tive hoje a oportunidade de 'escutar/participar' numa tertúlia sobre a cidade de Setúbal.
Discutiram-se as artes, história, pessoas, actualidades e passados distantes, o futuro, sonhos e realidades concretas.
Não sou partidário, mas claramente não me identifico com a direita pura, contudo nem com a esquerda genuína. Sou um misto racional de várias realidades, um canhoto não na fase total.
Setúbal é sem dúvida uma periferia, e como tal, Lisboa está muito distante a todos os níveis(e vai sempre estar). Podem dizer-me que Almada está a meia dúzia de metros da capital, e por isso está tão evoluída culturalmente, porém este é um erro apenas para os mais distraídos ou desconhecedores da realidade. Almada tem uma Câmara Municipal fantástica, que tem vindo a dinamizar ao máximo as potêncialidades da cidade ao longo dos últimos anos. Potêncialidades essas, diga-se, muito inferiores às de Setúbal.
Não é por ser setubalense, não estou a ser de modo algum tendencioso, contudo, Setúbal tem, sem a minima dúvida, uma das maiores matérias primas culturais do País! Tal como foi dito esta noite, parece que há algo nesta cidade que ilumina creativamente a população. Podemos não falar apenas a este nível, porque a nivel ambiental temos tanto mais, Arrábida, Troia e Estuário. Temos o peixe, os golfinhos, a música, o teatro, o cinema, a dança. A questão é que temos tanto para dar e nada para fazer dar! E é este o principal problema. Há matéria prima, há condições, há amor e paixão e sem dúvida alma(veja-se com o Vitória, por exemplo). Não há então o dito empurrão, a manivela para fazer tudo andar.
A Câmara é sem dúvida a responsável, não há como criticar quem daqui foge, fogem bem e com razão, Setúbal não deixa ser amada, destrói.
Em Lisboa, onde estudo, não há dia que não explicite o quanto Setúbal tem de belo, as gentes e as terras, refiro também que não existem apoios e é por isso que estamos no fundo.
Mudança? Não sei bem como, só com mudança de Câmara, para alguém dinâmico que faça tudo andar. Ponham a vista em Almada, que tem tanto menos e é agora tanto mais.
sábado, 28 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
and death shall have no dominion
'and death shall have no dominion'
primeiro funeral. de alguém muito próximo. não me custou tanto porque era algo esperado. custou-me mais ver o sofrimento dos próximos, das boas pessoas.
percebi que um funeral é o acontecimento onde toda a gente próxima, e não próxima do falecido se juntam. Se for uma festa de anos há muita gente que não pode ir, mas num funeral todos pode, ninguém trabalha.
Enquanto vivos continuamos a faltar à vida dos nossos, mas quando morrem estamos lá, para prestar a tal homenagem de que falam. Não sou a favor de homenagens póstumas. Acho que as homenagens se fazem enquanto as pessoas estão vivas, porque depois nada mais há, apenas memórias e essas não têm sentimentos, nem reagem.
Não tenho religião, e apesar de concordar com alguns valores da igreja católica, acho tudo o resto uma ficção descomunal. Não tenho por isso fé? Errado. Tenho-a, mas é em mim mesmo, uma força perante mim e as minhas pessoas, não por alguém que nunca conheci e da qual questiono imensa coisa.
Neste caso, neste momento, a morte foi a melhor solução. Ficam as memórias, as homenagens e os momentos. Foram bons e foram bem vividos, por isso considero-me satisfeito comigo mesmo.
Madrinhas e Padrinhos é algo que só se tem um de cada, mas a morte não encerra a 'função'.
Madrinha de agora e Madrinha de sempre.
'and death shall have no dominion'
primeiro funeral. de alguém muito próximo. não me custou tanto porque era algo esperado. custou-me mais ver o sofrimento dos próximos, das boas pessoas.
percebi que um funeral é o acontecimento onde toda a gente próxima, e não próxima do falecido se juntam. Se for uma festa de anos há muita gente que não pode ir, mas num funeral todos pode, ninguém trabalha.
Enquanto vivos continuamos a faltar à vida dos nossos, mas quando morrem estamos lá, para prestar a tal homenagem de que falam. Não sou a favor de homenagens póstumas. Acho que as homenagens se fazem enquanto as pessoas estão vivas, porque depois nada mais há, apenas memórias e essas não têm sentimentos, nem reagem.
Não tenho religião, e apesar de concordar com alguns valores da igreja católica, acho tudo o resto uma ficção descomunal. Não tenho por isso fé? Errado. Tenho-a, mas é em mim mesmo, uma força perante mim e as minhas pessoas, não por alguém que nunca conheci e da qual questiono imensa coisa.
Neste caso, neste momento, a morte foi a melhor solução. Ficam as memórias, as homenagens e os momentos. Foram bons e foram bem vividos, por isso considero-me satisfeito comigo mesmo.
Madrinhas e Padrinhos é algo que só se tem um de cada, mas a morte não encerra a 'função'.
Madrinha de agora e Madrinha de sempre.
'and death shall have no dominion'
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