'and death shall have no dominion'
primeiro funeral. de alguém muito próximo. não me custou tanto porque era algo esperado. custou-me mais ver o sofrimento dos próximos, das boas pessoas.
percebi que um funeral é o acontecimento onde toda a gente próxima, e não próxima do falecido se juntam. Se for uma festa de anos há muita gente que não pode ir, mas num funeral todos pode, ninguém trabalha.
Enquanto vivos continuamos a faltar à vida dos nossos, mas quando morrem estamos lá, para prestar a tal homenagem de que falam. Não sou a favor de homenagens póstumas. Acho que as homenagens se fazem enquanto as pessoas estão vivas, porque depois nada mais há, apenas memórias e essas não têm sentimentos, nem reagem.
Não tenho religião, e apesar de concordar com alguns valores da igreja católica, acho tudo o resto uma ficção descomunal. Não tenho por isso fé? Errado. Tenho-a, mas é em mim mesmo, uma força perante mim e as minhas pessoas, não por alguém que nunca conheci e da qual questiono imensa coisa.
Neste caso, neste momento, a morte foi a melhor solução. Ficam as memórias, as homenagens e os momentos. Foram bons e foram bem vividos, por isso considero-me satisfeito comigo mesmo.
Madrinhas e Padrinhos é algo que só se tem um de cada, mas a morte não encerra a 'função'.
Madrinha de agora e Madrinha de sempre.
'and death shall have no dominion'
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
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