domingo, 31 de outubro de 2010

Questões de morte

Um dos maiores problemas das sociedades actuais, nomeadamente da Europa, é o da morte. Falo a nível anímico de quem perde alguém. A nossa sociedade está construída de uma forma em que nada há para além da morte, e como tal, quando alguém morre, é o seu fim e nunca mais voltaremos a ter contacto com essa pessoa. A morte de um ponto de vista fatalista, torna-nos vulneráveis e seres humanos tristes, que vivem com medo dela e com medo que ela nos leve alguém querido. É certo que todos temos que morrer, esta é uma realidade objectiva para tudo o que vive. Portanto, desta forma, viver este sentimento como algo fatalista é estar a condenar a própria vida, e como algúem já disse, ter medo da morte é ter medo de viver.
A solução? Não existe uma solução exacta, mas creio que poderiamos culturalmente atenuar esta visão e ver a morte como um momento de passagem para algo, momento esse obrigatório.
Nalgumas culturas celebra-se a morte. Noutras entende-se como algo natural. Na nossa sofremos até mais não, por vezes entramos em depressão e noutras alturas cometemos suicidio.
A morte é inevitavel. Devemos sempre ficar tristes por perder alguém. Mas nao podemos deixar que essa tristeza conduza a nossa vida até ao fim da nossa própria vida.
E sim, já perdi duas pessoas muito próximas.





Um comentário:

Márcia Carolina disse...

Esse ano, um amigo meu morreu. Quando eu ia pra casa de minha avó nas férias ele sempre estava lá. A gente aprvitava pra jogar volei na rua e eume lembro que ele era muito ruim. Era engraçado o jeit dele jogar.
Foi uma morte muito triste, ele só tinha 14 anos. No enterro eu até chorei, mas quando cheguei em casa... que me tranquei no banheiro... pareceu que a realidade tinha desabado ns minhas costas...
Foi tudo muito rápido... descobriram que ele tinha um tumor na cabeça e foi coisas de poucos meses... A rua de minha avó nunca mais foi a mesma...
ume lembro que a avó dele, dona Eugênia, desabou nos meus braços a chorar quando eu a abracei no enterro. Mas não era Alessandro naquele caixão... Alessandro sempre, sempre sorria... E tinha um rosto tão corado.
Eu acho que a morte de alguém querido dói muito por tudo que vc deixou de dizer, e tudo que vc deixou de aproveitar ao lado dessa pessoa que não estará mais com você. Mas a morte também pode ser um alívio... De alguém que sofre por uma doença. Sinceramente, eu não queria sr imortal. Não nesse mundo.