quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
A morte tudo aceita
Tinha a arma dentro da boca e o dedo no gatilho! Bastava uma pequena pressão e acabava tudo ali. Os objectos deixavam de existir, os países de serem países, os planetas de girar.
Para ela deixava tudo de ter razão. No seu Mundo as guerras deixavam de existir, apenas o silêncio, vazio de qualquer sentimento, iria habitar em si. Era isto que ela procurava, o verdadeiro silêncio, a verdadeira ceguêira. A sua mente, o mundo, não lhe permitia tal coisa. Parou! Voltou a guardar a arma. Apenas porque se lembrou dela, a sua razão e doença ao mesmo tempo.
Assumir perante todos que em vez de um namorado se tem uma namorada não é fácil, muito menos aqui. Não aguentava muito mais a pressão do Mundo sobre uma escolha que não tinha sido dela. Refutar tudo seria refutar a sua própria razão de ser, e dessa forma a morte seria mais agradável. Tentara já alcançá-la vezes de mais, contudo o amor que sentia pela pessoa do mesmo sexo fazia com que se sentisse mais forte neste Mundo.
Ao sétimo dia do quarto mês ali estava ela novamente, no cimo daquele prédio, mas desta vez acompanhada da sua vida, o seu amor.
Deram as mãos, sorriram e saltaram juntas.
Foi um salto tão cheio de vida e amor para a morte e a tristeza, no silêncio absoluto de um Mundo que nunca as negará.
domingo, 30 de novembro de 2008
Sister
Pass the time with you in mind
It's a rather quiet night
Feel the ground against my back
Counting stars against the black
Thinking bout another day
Wishing I was far away
Whether they were dreams or worries
You were there with me
Sister, I hear you laugh
My heart fills full up
Keep me please
Sister, when you cry
I feel your tears running down my face
Sister, Sister keep me
I hope you always know its true
I would never make it through
We could make the sun go down
Just by walking away
Playing like we used to play
Our kingdom will never go away
Feel you beating in my chest
I'll be dead without
Sister, I hear you laugh
My heart fills full up
Keep me please
Sister, when you cry
I feel your tears running down my face
Sister, Sister will you keep me?
I would never make it through
Hope you always know its true
You could make the heaven's fall
Just by walking away
Sister, I hear you laugh
My heart fills full up
Keep me please
Sister, when you cry
I feel your tears running down my face
Sister, Sister keep me
by Dave Matthews Band
It's a rather quiet night
Feel the ground against my back
Counting stars against the black
Thinking bout another day
Wishing I was far away
Whether they were dreams or worries
You were there with me
Sister, I hear you laugh
My heart fills full up
Keep me please
Sister, when you cry
I feel your tears running down my face
Sister, Sister keep me
I hope you always know its true
I would never make it through
We could make the sun go down
Just by walking away
Playing like we used to play
Our kingdom will never go away
Feel you beating in my chest
I'll be dead without
Sister, I hear you laugh
My heart fills full up
Keep me please
Sister, when you cry
I feel your tears running down my face
Sister, Sister will you keep me?
I would never make it through
Hope you always know its true
You could make the heaven's fall
Just by walking away
Sister, I hear you laugh
My heart fills full up
Keep me please
Sister, when you cry
I feel your tears running down my face
Sister, Sister keep me
by Dave Matthews Band
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Anjos da Morte
Abriu os olhos e levantou-se da cama com o intuito de se despachar rapidamente. Lá fora o sol nascia nas ruas de Viena, cidade cheia de história e magia. A sua irmã já esperava por ele, que nunca conseguia chegar a horas. Tinham combinado tomar o pequeno-almoço nesta manhã de Sábado.
Saiu á rua com menos roupa do que devia, pois estava um tempo gélido de Novembro. Pelo caminho viu dois Anjos, alguém iria morrer e ser transportado para o 'outro mundo', um mundo melhor segundo se dizia. Robert não acreditava nisso. Para ele não havia um mundo melhor do que este em que habitava a sua magra pessoa, de barba negra por fazer e cabelo que ultrapassava por pouco as orelhas. O mundo de Robert é igual ao nosso, excepto no facto de que existem Anjos que levam as pessoas para a 'morte'. Quando um Anjo se aproxima perante uma pessoa significa que essa pessoa tem no máximo vinte e quatro horas de vida, sendo impossível escapar ou impedir a sua morte. O Anjo não fala, não esboça um sorriso, apenas pega no corpo e parte em silêncio. Muitos pensaram já em matar o Anjo antes que morressem, contudo, quem matar um Anjo morrerá logo de seguida. Porém, é dito que os Anjos apenas levam as boas almas, para um lugar melhor do que as outras, mas é apenas expeculação e o Anjo nada expressa.
Percorrria as ruas principais, levando o cigarro à boca demasiadas vezes. Depois de vinte cinco minutos a andar, chegou finalmente ao seu destino. A irmã esperava-o já sentada no exterior do café.
Após um longo abraço, Catherine contou ao irmão todas as suas novidades, iria ser mãe. Robert não se aguentou em lágrimas e festejou como um louco. A sua 'pequena' irmã, já tão crescida iria ser mãe.
Depois de uma hora de conversa, ouviram-se alguns gritos ao fundo da rua. Era um Anjo que descia do céu. Para onde iria ele? Era difícil descrevê-lo, usava roupa humana e não parecia objectivamente masculino nem feminino, talvez uma mistura dos dois, mas era belo, com as suas longas asas brancas.
Subitamente, o pavor, horror, medo, angústia e pânico apoderaram-se de Robert! Não podia ser, tudo menos isto! O Anjo tinha parado sobre a sua irmã! Esta, pouco reagiu, limitou-se a deixar escorregar algumas lágrimas pela cara. Robert questionava-se sobre o que deveria fazer. Sabia que se matasse o Anjo morreria ele, sendo que amanhã poderia aparecer outro para levar a irmã. Mesmo que fugissem o Anjo iria sempre atrás. Não havia solução...a sua irmã tinha no máximo vinte e quatro horas para viver.
Abraçaram-se longamente e de forma imensamente sentida. Como viver as últimas horas de uma vida?
As últimas horas de Catherine foram passadas com amor. Encostada ao ombro do seu irmão, olharam os dois o rio durante várias horas, sem exprimir qualquer palavra. Não era necessário.
Estava morta. Tinha morrido no seu ombro de forma calma e tranquila.
O Anjo pegou no corpo e desapareceu para o além.
Robert prometeu então a si mesmo que iria viver uma vida correcta, de forma a também ele ser levado por um Anjo e encontrar a sua irmã.
Dedicado a todos os que perderam um/a Irmão/ã.
Saiu á rua com menos roupa do que devia, pois estava um tempo gélido de Novembro. Pelo caminho viu dois Anjos, alguém iria morrer e ser transportado para o 'outro mundo', um mundo melhor segundo se dizia. Robert não acreditava nisso. Para ele não havia um mundo melhor do que este em que habitava a sua magra pessoa, de barba negra por fazer e cabelo que ultrapassava por pouco as orelhas. O mundo de Robert é igual ao nosso, excepto no facto de que existem Anjos que levam as pessoas para a 'morte'. Quando um Anjo se aproxima perante uma pessoa significa que essa pessoa tem no máximo vinte e quatro horas de vida, sendo impossível escapar ou impedir a sua morte. O Anjo não fala, não esboça um sorriso, apenas pega no corpo e parte em silêncio. Muitos pensaram já em matar o Anjo antes que morressem, contudo, quem matar um Anjo morrerá logo de seguida. Porém, é dito que os Anjos apenas levam as boas almas, para um lugar melhor do que as outras, mas é apenas expeculação e o Anjo nada expressa.
Percorrria as ruas principais, levando o cigarro à boca demasiadas vezes. Depois de vinte cinco minutos a andar, chegou finalmente ao seu destino. A irmã esperava-o já sentada no exterior do café.
Após um longo abraço, Catherine contou ao irmão todas as suas novidades, iria ser mãe. Robert não se aguentou em lágrimas e festejou como um louco. A sua 'pequena' irmã, já tão crescida iria ser mãe.
Depois de uma hora de conversa, ouviram-se alguns gritos ao fundo da rua. Era um Anjo que descia do céu. Para onde iria ele? Era difícil descrevê-lo, usava roupa humana e não parecia objectivamente masculino nem feminino, talvez uma mistura dos dois, mas era belo, com as suas longas asas brancas.
Subitamente, o pavor, horror, medo, angústia e pânico apoderaram-se de Robert! Não podia ser, tudo menos isto! O Anjo tinha parado sobre a sua irmã! Esta, pouco reagiu, limitou-se a deixar escorregar algumas lágrimas pela cara. Robert questionava-se sobre o que deveria fazer. Sabia que se matasse o Anjo morreria ele, sendo que amanhã poderia aparecer outro para levar a irmã. Mesmo que fugissem o Anjo iria sempre atrás. Não havia solução...a sua irmã tinha no máximo vinte e quatro horas para viver.
Abraçaram-se longamente e de forma imensamente sentida. Como viver as últimas horas de uma vida?
As últimas horas de Catherine foram passadas com amor. Encostada ao ombro do seu irmão, olharam os dois o rio durante várias horas, sem exprimir qualquer palavra. Não era necessário.
Estava morta. Tinha morrido no seu ombro de forma calma e tranquila.
O Anjo pegou no corpo e desapareceu para o além.
Robert prometeu então a si mesmo que iria viver uma vida correcta, de forma a também ele ser levado por um Anjo e encontrar a sua irmã.
Dedicado a todos os que perderam um/a Irmão/ã.
domingo, 12 de outubro de 2008
Vida/Morte
Na foto: Amor entre duas pessoas.
No video: Morte entre várias pessoas.
Uso uma foto, e um video do filme 'Black Hawk Down', do realizador Ridley Scott, para ilustrar a realidade.
Parecem duas coisas diferentes, sem ligação. Uma foto onde duas pessoas espelham um amor enorme sem ser preciso movimento ou palavras. E um video onde guerra, morte, destruição e caos são situações abundantes.
Contudo, a ligação é lógica e mais objectiva do que possa parecer.
O ser humano cria outros seres humanos, faz com que cresçam, aprendam, evoluíam, para depois os destruir. Os seres humanos destroiem-se uns aos outros, é algo da natureza, dizem...
Porque nao pode ser tudo como a foto? Porque não aprendemos nós com quem ainda não sabe falar, julgar ou decidir? Porque temos que destruir o que nós próprios construimos?
A foto é um exemplo da vida, o video é um exemplo da morte. Vida e Morte andam de mãos dadas, mas nao há morte na vida, nem vida na morte.
Temos que elogiar e incentivar ao amor, ao amor que é genuino, ao amor que a foto espelha, quanto ao video, há que ser racional e por vezes tentar compreender que a vida não tem que ser vivida para os outros, mas apenas para nós.
Que caminho escolher?
No video: Morte entre várias pessoas.
Uso uma foto, e um video do filme 'Black Hawk Down', do realizador Ridley Scott, para ilustrar a realidade.
Parecem duas coisas diferentes, sem ligação. Uma foto onde duas pessoas espelham um amor enorme sem ser preciso movimento ou palavras. E um video onde guerra, morte, destruição e caos são situações abundantes.
Contudo, a ligação é lógica e mais objectiva do que possa parecer.
O ser humano cria outros seres humanos, faz com que cresçam, aprendam, evoluíam, para depois os destruir. Os seres humanos destroiem-se uns aos outros, é algo da natureza, dizem...
Porque nao pode ser tudo como a foto? Porque não aprendemos nós com quem ainda não sabe falar, julgar ou decidir? Porque temos que destruir o que nós próprios construimos?
A foto é um exemplo da vida, o video é um exemplo da morte. Vida e Morte andam de mãos dadas, mas nao há morte na vida, nem vida na morte.
Temos que elogiar e incentivar ao amor, ao amor que é genuino, ao amor que a foto espelha, quanto ao video, há que ser racional e por vezes tentar compreender que a vida não tem que ser vivida para os outros, mas apenas para nós.
Que caminho escolher?
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Arriscar
Porque é que tudo parece mais real quando sonho do que quando estou acordado?
Talvez porque nos sonhos podemos arriscar tudo sem o medo das consequências, enquanto na realidade vivemos com medo de arriscar.
Talvez porque nos sonhos podemos arriscar tudo sem o medo das consequências, enquanto na realidade vivemos com medo de arriscar.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
E um dia...
E um dia esta casa vai estar vazia. Não se vai sentir o cheiro a madeira, a suor de pc, a perfume, a comida. Não se vão ouvir passos, ruídos, pessoas a falar, a discutir, a cantar, a rir. Não se vão ouvir cães a ladrar, gatos a miar. Vai estar vazia, vazia de sentimentos, de pessoas, de emoções.
As pessoas abandonaram o sitio, ou simplesmente morreram, porque todos têm que morrer.
Estarei a divagar por estas paredes onde costumava passar horas no pc, horas na sala, horas com aquelas pessoas. Horas onda vivi bons minutos, onde colhi momentos. Tudo isso é agora vazio, nesse 'um dia'.
O sentimento de pensar nisso é tao terrivelmente frio, mas nao podemos pensar tanto nisso, porque se torna asfixiante.
O que conta é o que terei na altura e o que fiz antes, o que estou a fazer agora para poder olhar para trás e pôr um sorriso no coração, não na cara que esse é fácil.
E para já, hoje, não estou a seguir o caminho correcto, veremos amanhã...
As pessoas abandonaram o sitio, ou simplesmente morreram, porque todos têm que morrer.
Estarei a divagar por estas paredes onde costumava passar horas no pc, horas na sala, horas com aquelas pessoas. Horas onda vivi bons minutos, onde colhi momentos. Tudo isso é agora vazio, nesse 'um dia'.
O sentimento de pensar nisso é tao terrivelmente frio, mas nao podemos pensar tanto nisso, porque se torna asfixiante.
O que conta é o que terei na altura e o que fiz antes, o que estou a fazer agora para poder olhar para trás e pôr um sorriso no coração, não na cara que esse é fácil.
E para já, hoje, não estou a seguir o caminho correcto, veremos amanhã...
terça-feira, 9 de setembro de 2008
A Arte
A maior arte dos seres humanos são os próprios seres humanos, por serem capazes de criar vida, o dom de criar o bem ou o mal, tudo personificado num ser que nasce deles, sendo a sua obra de arte. Deste modo, todos os seres humanos são artistas. Não a um nivel fisico e objectivo, mas a um plano evolutivo e natural. E que melhor arte, aquela que advém da natureza.
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Fantasias Finais
Esta simples imagem mexe comigo, no meu lado infantil e adulto, uma certa ambiguidade.
É um fechar de todo um capitulo que se iniciou quando eu era muito novo.
Final Fantasy VII foi uma experiência de vida que nunca esquecerei tenha a idade que tiver. Não é idiota descrever assim um jogo, porque 'isto' é muito mais que um jogo.
Onze anos depois, Final Fantasy VII: Crisis Core, volta a mexer comigo, de forma diferente, mas sempre sentida.
Um obrigado à minha perfeita juventude.
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Porcupine Tree
Não costumo fazer 'posts' de letras de músicas, porque não gosto de expressar o que sinto ou o que me diz algo por citações, gosto de me exprimir com as minhas palavras. Porém, a letra desta música apaixona-me tanto que tenho mesmo que coloca-la aqui:
Porcupine Tree- Arriving Somewhere But Not Here
Never stop the car on a drive in the dark
Never look for the truth in your mother's eyes
Never trust the sound of rain upon a river
Rushing through your ears
Arriving somewhere but not here
Did you imagine the final sound as a gun?
Or the smashing windscreen of a car?
Did you ever imagine the last thing you'd hear as you're fading out was a song?
All my designs, simplified
And all of my plans, compromised
All of my dreams, sacrificed
Ever had the feeling you've been here before?
Drinking down the poison the way you were taught
Every thought from here on in your life begins
And all you knew was wrong?
Did you see the red mist block your path?
Did the scissors cut a way to your heart?
Did you feel the envy for the sons of mothers tearing you apart?
Porcupine Tree- Arriving Somewhere But Not Here
Never stop the car on a drive in the dark
Never look for the truth in your mother's eyes
Never trust the sound of rain upon a river
Rushing through your ears
Arriving somewhere but not here
Did you imagine the final sound as a gun?
Or the smashing windscreen of a car?
Did you ever imagine the last thing you'd hear as you're fading out was a song?
All my designs, simplified
And all of my plans, compromised
All of my dreams, sacrificed
Ever had the feeling you've been here before?
Drinking down the poison the way you were taught
Every thought from here on in your life begins
And all you knew was wrong?
Did you see the red mist block your path?
Did the scissors cut a way to your heart?
Did you feel the envy for the sons of mothers tearing you apart?
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Meco
Crescimento intelectual e psicológico. É isto que define a passada semana, com as pessoas certas, no local exacto. Mais um marco na folha de papel da vida, sendo poeticamente idiota. É uma sensação de total felicidade, pura e genuina.
Sinto-me em total paz, preenchido de felicidade, e tudo sem recorrer ao amor mais óbvio e instantâneo, o que torna tudo muito mais gratificante, apesar de ser mais lento a atingir essa felicidade.
É bom viver isto, é bom sentir-me assim, a crescer, uma vez mais.
Sinto-me em total paz, preenchido de felicidade, e tudo sem recorrer ao amor mais óbvio e instantâneo, o que torna tudo muito mais gratificante, apesar de ser mais lento a atingir essa felicidade.
É bom viver isto, é bom sentir-me assim, a crescer, uma vez mais.
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
O Manel Mentiroso
Numa aldeia, vivia um homem muito mentiroso e gordo, por isso as pessoas da aldeia chamavam-lhe Manel Mentiroso. Tudo o que ele dizia era mentira e ganhava dinheiro, dizendo mentiras e fazendo apostas.Um dia virou-se para o cão e disse:
- Cão, vou viajar pelo Mundo, dizendo mentiras e fazendo apostas. Todo o dinheiro que ganhar, envio para casa. Levo comigo a vaca.Cão, dá-me a tua benção.
-Amén.
Manuel pôs o chapéu, pegou na vaca e partiu a correr. Por todos os sítios por onde passava, fazia apostas, ganhava e enviava o dinheiro para casa. Até que chegou a uma aldeia onde vivia um rapaz chamado Joquinha. O Joquinha era aquele tipo de rapaz a quem os pais nunca precisavam de dizer.
- Joquinha, vai cagar!
- Joquinha, já comeste marmelos?
O Joquinha sabia sempre quando era altura de começar a estudar e largar a brincadeira.
- Vou-me embora. - assim dizia o Joquinha.
- Logo agora que o jogo estava na melhor parte!
Os amigos já sabiam que ele era assim e, quando chegava a hora, diziam logo:
- Lá vai o Joquinha o paneleiro
O pai do Joquinha era pescador e a mãe lavadeira na ribeira. O pai do Joquinha uma manhã disse-lhe:
- Joquinha, a tua mãe está na ribeira a lavar camisas e eu tenho de ir pescar. Tens o pequeno almoço na sanita.
Ele foi comer aquilo tudo, trampa cozida com ovo, cuscus com mel etc...Depois, lavou a loiça, arrumou tudo e foi cagar. Quando estava a cagar, bateram à porta. Ele abriu e perguntou quem era. Era o Manel Mentiroso que disse ao que vinha.
-Venho para dizer mentiras e apostar contigo. Se ganhar, ficas com a vaca, mas se perder, levo tudo o que tens dentro de casa.
O Joquinha achou que aquilo era muito sério e pensou:
- Agora é que vou ver se valeu a pena cagar!
O Manel Mentiroso sentou-se e pediu ao Joquinha um copo de água fresca. O Joquinha levou muito tempo e o Manel Mentiroso perguntou-lhe se ele tinha ido buscar água ao sitio do cão e ele respondeu que sim.
- Traz qualquer água!
Ele bebeu a água e puxou da caixa do rapé .
- Joquinha, tu sabias que nasceu uma pessoa com oito braços?
- Eu não digo que não, porque ontem a minha mãe estava a lavar camisas na ribeira e viu uma camisa com sete mangas .
O Manel começou a achar que ia ser mais difícil do que ele pensava .
- Joquinha, vai buscar brasas para eu acender o cachimbo .
Como o Joquinha nunca mais aparecia, o Manel perguntou-lhe :
- Foste buscar as brasas a casa do Ti Chico ?
- Estou à procura das brasas de amanha para juntar com as brasas de ontem e para lhe dar as brasas de nunca .
- Traz qualquer brasa .
Ele acendeu o cachimbo, puxou duas ou três fumaças e perguntou ao Joquinha :
- Joquinha, tu sabias que o mar pegou fogo ?
- Eu não digo que não porque, no outro dia, o meu pai foi pescar e apanhou um porco.
- Joquinha, vai-me buscar água fresca, mas traz qualquer água !
Ele bebeu a água e perguntou-lhe:
- Joquinha, tu sabias que existe uma mangueira tão larga, tão larga, tão alta, tão alta, que se toca tambor de um lado e ouve-se do outro?
- Eu não digo que não...
- Tu não me comeces com o digo que não !
- É que no outro dia passou aqui uma gaivota tão grande, tão grande, que demorou dois segundos a passar. Ficámos um segundo às escuras.
- Ó Joquinha, isso é mentira! Onde é que ia poisar essa gaivota? !
- Ela tinha o ninho na casa do Ti Joca aquele que faz boboca.
O Manel Mentiroso deu a vaca ao Joquinha e já se ia embora, quando o Joquinha lhe disse:
- Corre depressa porque o meu pai deve estar a chegar da pesca. Se te vê, ele mete a estrada no bolso e tu nunca mais encontras o caminho para casa .
O Manel Mentiroso desatou a correr o mais rápido possível .
- Cão, vou viajar pelo Mundo, dizendo mentiras e fazendo apostas. Todo o dinheiro que ganhar, envio para casa. Levo comigo a vaca.Cão, dá-me a tua benção.
-Amén.
Manuel pôs o chapéu, pegou na vaca e partiu a correr. Por todos os sítios por onde passava, fazia apostas, ganhava e enviava o dinheiro para casa. Até que chegou a uma aldeia onde vivia um rapaz chamado Joquinha. O Joquinha era aquele tipo de rapaz a quem os pais nunca precisavam de dizer.
- Joquinha, vai cagar!
- Joquinha, já comeste marmelos?
O Joquinha sabia sempre quando era altura de começar a estudar e largar a brincadeira.
- Vou-me embora. - assim dizia o Joquinha.
- Logo agora que o jogo estava na melhor parte!
Os amigos já sabiam que ele era assim e, quando chegava a hora, diziam logo:
- Lá vai o Joquinha o paneleiro
O pai do Joquinha era pescador e a mãe lavadeira na ribeira. O pai do Joquinha uma manhã disse-lhe:
- Joquinha, a tua mãe está na ribeira a lavar camisas e eu tenho de ir pescar. Tens o pequeno almoço na sanita.
Ele foi comer aquilo tudo, trampa cozida com ovo, cuscus com mel etc...Depois, lavou a loiça, arrumou tudo e foi cagar. Quando estava a cagar, bateram à porta. Ele abriu e perguntou quem era. Era o Manel Mentiroso que disse ao que vinha.
-Venho para dizer mentiras e apostar contigo. Se ganhar, ficas com a vaca, mas se perder, levo tudo o que tens dentro de casa.
O Joquinha achou que aquilo era muito sério e pensou:
- Agora é que vou ver se valeu a pena cagar!
O Manel Mentiroso sentou-se e pediu ao Joquinha um copo de água fresca. O Joquinha levou muito tempo e o Manel Mentiroso perguntou-lhe se ele tinha ido buscar água ao sitio do cão e ele respondeu que sim.
- Traz qualquer água!
Ele bebeu a água e puxou da caixa do rapé .
- Joquinha, tu sabias que nasceu uma pessoa com oito braços?
- Eu não digo que não, porque ontem a minha mãe estava a lavar camisas na ribeira e viu uma camisa com sete mangas .
O Manel começou a achar que ia ser mais difícil do que ele pensava .
- Joquinha, vai buscar brasas para eu acender o cachimbo .
Como o Joquinha nunca mais aparecia, o Manel perguntou-lhe :
- Foste buscar as brasas a casa do Ti Chico ?
- Estou à procura das brasas de amanha para juntar com as brasas de ontem e para lhe dar as brasas de nunca .
- Traz qualquer brasa .
Ele acendeu o cachimbo, puxou duas ou três fumaças e perguntou ao Joquinha :
- Joquinha, tu sabias que o mar pegou fogo ?
- Eu não digo que não porque, no outro dia, o meu pai foi pescar e apanhou um porco.
- Joquinha, vai-me buscar água fresca, mas traz qualquer água !
Ele bebeu a água e perguntou-lhe:
- Joquinha, tu sabias que existe uma mangueira tão larga, tão larga, tão alta, tão alta, que se toca tambor de um lado e ouve-se do outro?
- Eu não digo que não...
- Tu não me comeces com o digo que não !
- É que no outro dia passou aqui uma gaivota tão grande, tão grande, que demorou dois segundos a passar. Ficámos um segundo às escuras.
- Ó Joquinha, isso é mentira! Onde é que ia poisar essa gaivota? !
- Ela tinha o ninho na casa do Ti Joca aquele que faz boboca.
O Manel Mentiroso deu a vaca ao Joquinha e já se ia embora, quando o Joquinha lhe disse:
- Corre depressa porque o meu pai deve estar a chegar da pesca. Se te vê, ele mete a estrada no bolso e tu nunca mais encontras o caminho para casa .
O Manel Mentiroso desatou a correr o mais rápido possível .
domingo, 3 de agosto de 2008
Living
'Theres a time to live but isnt it strange
That as soon as youre born youre dying'
Iron Maiden- The Clairvoyant
'Don't wanna waste no more time,
time's what we don't have.
Everywhere I look someone dies,
wonder when it's my turn.'
Biffy Clyro- Living is a Problem Because Everything Dies
'you gotta live your life,
you got to find your own way
you gotta learn to live,
and make your own decisions
you gotta live your life ,
that is how the story goes
you gotta learn to give,
life is hard we all know..'
Bomfunk Mc's- Live your Life
'It’s times like these you learn to live again
It’s times like these you give and give again
It’s times like these you learn to love again
It’s times like these time and time again'
Foo Fighters- Times Like These
That as soon as youre born youre dying'
Iron Maiden- The Clairvoyant
'Don't wanna waste no more time,
time's what we don't have.
Everywhere I look someone dies,
wonder when it's my turn.'
Biffy Clyro- Living is a Problem Because Everything Dies
'you gotta live your life,
you got to find your own way
you gotta learn to live,
and make your own decisions
you gotta live your life ,
that is how the story goes
you gotta learn to give,
life is hard we all know..'
Bomfunk Mc's- Live your Life
'It’s times like these you learn to live again
It’s times like these you give and give again
It’s times like these you learn to love again
It’s times like these time and time again'
Foo Fighters- Times Like These
domingo, 27 de julho de 2008
Eu, para mim.
"Começo onde acabou. Você analisa os sonhos. Eu dou às pessoas coragem para sonhar. Você disseca-as às partes. Eu deixo-as agir os seus papéis conflituantes, ajudando-as a juntar as partes de novo" - conversa entre Jacob Levy Moreno e Sigmund Freud.
Eu também procuro dar coragem às pessoas para sonharem, para lutarem, para viverem. Tento ajudá-las a juntar as partes de novo, as partes que perderam ou que nunca encontraram. Não o faço para que me agradeçam, ou para ser reconhecido por isso, não escrevo este texto para quem me está a ler, escrevo-o porque é assim que sou e porque o faço para mim, para os outros, mas quem mais ajudo sou eu, porque é assim que me sinto bem. É como ter nascido para uma profissão que não a é, ou ter uma obrigação que é apenas prazer, prazer pessoal.
E assim nascem as amizades, a confiança e a utopia de um mundo melhor.
Eu também procuro dar coragem às pessoas para sonharem, para lutarem, para viverem. Tento ajudá-las a juntar as partes de novo, as partes que perderam ou que nunca encontraram. Não o faço para que me agradeçam, ou para ser reconhecido por isso, não escrevo este texto para quem me está a ler, escrevo-o porque é assim que sou e porque o faço para mim, para os outros, mas quem mais ajudo sou eu, porque é assim que me sinto bem. É como ter nascido para uma profissão que não a é, ou ter uma obrigação que é apenas prazer, prazer pessoal.
E assim nascem as amizades, a confiança e a utopia de um mundo melhor.
sábado, 12 de julho de 2008
A História Interminável
"As paixões humanas são misteriosas, e as das crianças não o são menos que as dos adultos. As pessoas que as experimentaram não as sabem explicar, e as que nunca as viveram não as podem compreender. Há pessoas que arriscam a vida para atingir o cume de uma montanha. Ninguém é capaz de explicar porquê, nem mesmo elas. Outras arruinam-se para conquistar o coração de uma determinada pessoa que não quer saber delas para nada. Outas destroem-se a si mesmas porque não são capazes de resistir aos prazeres da mesa - ou da garrafa. Outras ainda arriscam quanto possuem num jogo de azar, ou sacrificam tudo a uma ideia fixa que nunca se pode realizar. Algumas pensam que só podem ser felizes noutro sítio que não naquele onde estão e vagueiam pelo mundo durante toda a vida. Há ainda as que não descansam enquanto não conquistam o poder. Em suma, há tantas paixões diferentes quantas as pessoas." - "A História Interminável" de Michael Ende, o meu livro preferido.
E isto é tudo tão verdade...
domingo, 6 de julho de 2008
E perder um amigo(a) é...
E perder uma amiga é como se, de algum modo, tivesse morrido, porque é uma alteração total da pessoa, deixas de poder contar com ela, desaparece da tua vida, a diferença é que quando morre tu a recordas graciosamente como foi, e quando acontece isto, tu continuas a ver o 'novo alguém' apoderar-se do corpo dela e manchar-lhe a imagem, contudo nada podes fazer, além de afastar os olhos e esquecer que ela existe, fingir que nunca existiu, mesmo que cada vez que pares a sintas, sintas a falta daquilo, vais apenas fingir que nada se passou e nunca existiu, é estranho, mas é a realidade da vida, e nada podemos fazer para a alterar, mesmo depois de já tudo termos feito. Seguimos caminhos diferentes e esquecemo-nos do que fomos um para o outro, acontece, mas vou tentar que nao aconteça mais.
Acontece, dar-mos tudo a alguém e no fim sermos esquecidos.
Não queria, mas nada posso fazer.
Doí bastante, aos poucos.
Acontece, dar-mos tudo a alguém e no fim sermos esquecidos.
Não queria, mas nada posso fazer.
Doí bastante, aos poucos.
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Maturidade
É a maturidade que controla a tua inteligência. Podes ter a inteligência dentro de ti, mas se não fores racional o suficiente para a usar, nunca conseguirá exprimir-se totalmente. É como um animal numa jaula, tu sabes que ele está lá, mas não consegues controlar as suas acções.
A maturidade permite-te usar a inteligência, por vezes resulta sem essa maturidade, mas é apenas questão de sorte, pode resultar ou não. As crianças apesar de imaturas são inteligentes, porque por vezes essa inteligência resulta, mas não na maior parte das vezes.
A diferença entre um ser mesmo inteligente e um que possuí a inteligência, é a racionalidade e a forma de a usar.
Se fores inteligente mas não pensares na forma como obtens sempre o melhor de ti, então de que serve? A maior parte das vezes não vais usar metade dessa inteligência.
Com a maturidade, que engloba determinadas caracteristicas, vais ser capaz sempre de usar o máximo da tua inteligência.
A maturidade não vem apenas com a idade, vem também com a tua personalidade.
Antes de utilizares as tuas ideias, essa ‘inteligência’ que possuís dentro de ti, pára e pensa um bocado, estás realmente a utilizá-la ao máximo e da melhor forma?
A maturidade permite-te usar a inteligência, por vezes resulta sem essa maturidade, mas é apenas questão de sorte, pode resultar ou não. As crianças apesar de imaturas são inteligentes, porque por vezes essa inteligência resulta, mas não na maior parte das vezes.
A diferença entre um ser mesmo inteligente e um que possuí a inteligência, é a racionalidade e a forma de a usar.
Se fores inteligente mas não pensares na forma como obtens sempre o melhor de ti, então de que serve? A maior parte das vezes não vais usar metade dessa inteligência.
Com a maturidade, que engloba determinadas caracteristicas, vais ser capaz sempre de usar o máximo da tua inteligência.
A maturidade não vem apenas com a idade, vem também com a tua personalidade.
Antes de utilizares as tuas ideias, essa ‘inteligência’ que possuís dentro de ti, pára e pensa um bocado, estás realmente a utilizá-la ao máximo e da melhor forma?
segunda-feira, 30 de junho de 2008
Gungrave
"Life and death are like next-door neighbours. Anyone can give death, and anyone can take life. Like this rain, it could hit anyone..."
terça-feira, 10 de junho de 2008
Saudades
Tenho saudades minhas.
Tenho saudades de me sentir sozinho, de pensar apenas para mim e em minha função.
Saudades de não ter que justificar nada, de partilhar nada, de dar nada.
Tenho saudades daquele filme, daquela tarde, daquela casa...das coisas banais.
Tenho saudades do tempo que passou e do que tempo que está a passar.
Saudades de nada ter, saudades de nada dizer.
Tenho saudades de me encontrar, encontrar livre de tudo, perdido apenas em mim.
Saudades do meu sorriso, saudades da minha voz, saudades do meu coração.
Tenho saudades de me sentir, apenas a mim, primeiro a mim.
Dei muito ás pessoas, tanto que já tudo gira por aqui, gira porque vale a pena, porque valemos todos a pena, mas gira também porque os seres humanos se juntam ao que sentem como bom, e a minha relação com eles é sem dúvida boa.
Há tanta gente e tão pouco tempo, vejo-me sem tempo para ti e estás mesmo aqui, vejo-me sem tempo para o outro e é tão fácil, para ela que me chama, para eles que me querem.
Vejo-me sem tempo para viver, porque estou a viver demasiado.
Tenho saudades minhas...e tu, tens saudades tuas?
Tenho saudades de me sentir sozinho, de pensar apenas para mim e em minha função.
Saudades de não ter que justificar nada, de partilhar nada, de dar nada.
Tenho saudades daquele filme, daquela tarde, daquela casa...das coisas banais.
Tenho saudades do tempo que passou e do que tempo que está a passar.
Saudades de nada ter, saudades de nada dizer.
Tenho saudades de me encontrar, encontrar livre de tudo, perdido apenas em mim.
Saudades do meu sorriso, saudades da minha voz, saudades do meu coração.
Tenho saudades de me sentir, apenas a mim, primeiro a mim.
Dei muito ás pessoas, tanto que já tudo gira por aqui, gira porque vale a pena, porque valemos todos a pena, mas gira também porque os seres humanos se juntam ao que sentem como bom, e a minha relação com eles é sem dúvida boa.
Há tanta gente e tão pouco tempo, vejo-me sem tempo para ti e estás mesmo aqui, vejo-me sem tempo para o outro e é tão fácil, para ela que me chama, para eles que me querem.
Vejo-me sem tempo para viver, porque estou a viver demasiado.
Tenho saudades minhas...e tu, tens saudades tuas?
terça-feira, 20 de maio de 2008
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Alma
Não consigo bem descrevê-lo, mas é horrivel, asfixiante e entristecedor.
Não há bem forma de a definir,pois é algo pessoal e é algo que define o ser humano.
Define o porque cada um sente de maneira diferente, é das poucas coisas que se sente singularmente. A nossa mentalidade está formada para que pareça mau...desaparece, esvanesce do que nos rodeia e nunca mais temos acesso fisíco a ela.
Dentro dela existe tudo, tudo o que é capaz de mudar o mundo.
Existe a arte, existem as emoções, existem as dores, as perdas, os sentimentos...
Custa tanto vê-la partir...custa mais ainda não senti-la em nosso redor.
É algo natural, que deve ser encarado de forma normal...é o que se diz mas não é o que resulta.
Se sinto a tua falta porque é que não te posso ter para sempre? Se sinto ‘isto’ dentro de mim, no peito, porque é que não te posso abraçar para sempre?
Perdem-se e já não se encontram, apenas são lembradas...lembradas por quem mais gostava delas e por outras...
Ainda não partiram e já sinto tanto a vossa falta, sinto tanto a falta disto, a falta do presente que já passou, do presente que vai passar, e do presente que há-de vir.
Sinto a falta porque penso demais, não se deve pensar nisto, porque não tem cura.
Não há forma de descrever a alma, nem de estar preparado para a ver partir...seja a dele, a dela ou de outra pessoa.
Os momentos passam, mas são as almas que os definem.
As almas pertencem a cada um, mas ninguém sabe de onde vem ou para onde vai a sua.
Até lá quero amar-vos, viver-vos..todos os segundos.
Deixemos as guerras de lado e vamos viver, nem que seja uma vez na vida.
Amo-vos e sinto o tempo a passar...
Não consigo bem descrevê-lo, mas é horrivel, asfixiante e entristecedor, o sentimento de perder uma pessoa através da morte.
“And Death shall have no dominion”
Não há bem forma de a definir,pois é algo pessoal e é algo que define o ser humano.
Define o porque cada um sente de maneira diferente, é das poucas coisas que se sente singularmente. A nossa mentalidade está formada para que pareça mau...desaparece, esvanesce do que nos rodeia e nunca mais temos acesso fisíco a ela.
Dentro dela existe tudo, tudo o que é capaz de mudar o mundo.
Existe a arte, existem as emoções, existem as dores, as perdas, os sentimentos...
Custa tanto vê-la partir...custa mais ainda não senti-la em nosso redor.
É algo natural, que deve ser encarado de forma normal...é o que se diz mas não é o que resulta.
Se sinto a tua falta porque é que não te posso ter para sempre? Se sinto ‘isto’ dentro de mim, no peito, porque é que não te posso abraçar para sempre?
Perdem-se e já não se encontram, apenas são lembradas...lembradas por quem mais gostava delas e por outras...
Ainda não partiram e já sinto tanto a vossa falta, sinto tanto a falta disto, a falta do presente que já passou, do presente que vai passar, e do presente que há-de vir.
Sinto a falta porque penso demais, não se deve pensar nisto, porque não tem cura.
Não há forma de descrever a alma, nem de estar preparado para a ver partir...seja a dele, a dela ou de outra pessoa.
Os momentos passam, mas são as almas que os definem.
As almas pertencem a cada um, mas ninguém sabe de onde vem ou para onde vai a sua.
Até lá quero amar-vos, viver-vos..todos os segundos.
Deixemos as guerras de lado e vamos viver, nem que seja uma vez na vida.
Amo-vos e sinto o tempo a passar...
Não consigo bem descrevê-lo, mas é horrivel, asfixiante e entristecedor, o sentimento de perder uma pessoa através da morte.
“And Death shall have no dominion”
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Agora!
Só quando as coisas terminam é que lhes damos valor.
É assim quando as pessoas morrem.
É assim quando terminam as relações.
É assim quando nos sentimentos sem um sentimento próximo.
É assim quando termina algo que nos preencha ou que nos faça sentir algo mais do que humanos.
O ser-humano age de forma natural, habituando-se ao que tem, não tendo a capacidade natural de discernir na importância de cada coisa. Quando se vê sem isso, sente-se perdido e com vontade de lhe dar valor, numa altura em que esse 'isso' já não existe.
Há que dar valor ás pessoas enquanto vivas, demonstrar-lhes que as amamos, porque a vida é sempre incerta e amanha é sempre diferente a hoje, mesmo que o hoje tenha sido igual ao ontem.
Há que ter a capacidade de sermos racionais e valorizar-mos o que mais nos dá prazer, o que mais nos faz sentir melhor. Se o que parece bom para uns é mau para outros, então que o seja, mas que cada um viva de forma a que quando chegar o momento do 'fim', possa sentir-se completo e amado pela vida.
Há que viver dando valor a tudo o que temos, porque quando algo termina ou morre, termina todo esse sentimento de vida pegado a 'ele'.
Há quem saiba viver, há quem se deixe viver...
É assim quando as pessoas morrem.
É assim quando terminam as relações.
É assim quando nos sentimentos sem um sentimento próximo.
É assim quando termina algo que nos preencha ou que nos faça sentir algo mais do que humanos.
O ser-humano age de forma natural, habituando-se ao que tem, não tendo a capacidade natural de discernir na importância de cada coisa. Quando se vê sem isso, sente-se perdido e com vontade de lhe dar valor, numa altura em que esse 'isso' já não existe.
Há que dar valor ás pessoas enquanto vivas, demonstrar-lhes que as amamos, porque a vida é sempre incerta e amanha é sempre diferente a hoje, mesmo que o hoje tenha sido igual ao ontem.
Há que ter a capacidade de sermos racionais e valorizar-mos o que mais nos dá prazer, o que mais nos faz sentir melhor. Se o que parece bom para uns é mau para outros, então que o seja, mas que cada um viva de forma a que quando chegar o momento do 'fim', possa sentir-se completo e amado pela vida.
Há que viver dando valor a tudo o que temos, porque quando algo termina ou morre, termina todo esse sentimento de vida pegado a 'ele'.
Há quem saiba viver, há quem se deixe viver...
sábado, 26 de abril de 2008
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Exemplar
João Mota - 2008 (R.I.P.)
Um exemplo de vida que tive a honra de conhecer aos 6 anos, e mais importante um exemplo como pessoa.
Uma inspiração.
Um exemplo de vida que tive a honra de conhecer aos 6 anos, e mais importante um exemplo como pessoa.
Uma inspiração.
terça-feira, 8 de abril de 2008
The Last Breath
Um dia chegará esse momento, em que terei comigo apenas as minhas memórias, os sentimentos passados, as emoções vividas e as pessoas amadas. Não estarão lá todas, apenas quem conseguiu resistir ao tempo e à sua erosão.
Nesse dia terei comigo tudo o que guardei de bom, tudo o que valeu a pena e reconheci como tal. Não sei quem estará lá, nem quantas pessoas do presente, nem quais as emoções, as cicatrizes do passado ou até mesmo os sorrisos de sempre.
Enquanto escrevo isto lembro-me de ti, porque quero que lá estejas, seja de que forma for. Lembro-me também dos outros e principalmente dela, a irmã. Lembro-me de sangue próximo, quem um dia me pegou ao colo ou me carregou dentro de si.
Lembro-me de tudo como se já fosse esse dia, mas a morte não tem dia, e se o tiver que seja daqui a bastante tempo.
E tu, estarás lá nesse dia?
domingo, 6 de abril de 2008
Heroes
O que são hérois? São as pessoas que salvam vidas, que ajudam outras, que fazem coisas extraordinárias ou as que comandam exércitos, lutam nas guerras, têm o poder?
É um héroi quem mata pessoas? É um héroi quem arrisca a sua vida para salvar outras?
Talvez alguns deles sejam hérois, não todos. Porém, a designação de ‘héroi’ tem sido alterada ao longo dos tempos. Antigamente era alguém com capacidades fora do comum. Actualmente são as pessoas que valorizam os Direitos Humanos.
Os meus hérois não precisam de fazer nem uma coisa nem outra. Basta serem eles mesmos, utilizarem as suas capacidades para viver, à sua maneira. Mais vale viver no risco de morrer, do que não viver esperando a morte. E é assim que espero que sigam a vida, para realmente viverem.
Serão então os meus hérois os que têm capacidades que são notabilizadas por todos? Os que são mediáticos e conseguem comandar massas através do seu interior? Os que praticam o bem de uma forma pura?
Não, hérois são os meus amigos.
É um héroi quem mata pessoas? É um héroi quem arrisca a sua vida para salvar outras?
Talvez alguns deles sejam hérois, não todos. Porém, a designação de ‘héroi’ tem sido alterada ao longo dos tempos. Antigamente era alguém com capacidades fora do comum. Actualmente são as pessoas que valorizam os Direitos Humanos.
Os meus hérois não precisam de fazer nem uma coisa nem outra. Basta serem eles mesmos, utilizarem as suas capacidades para viver, à sua maneira. Mais vale viver no risco de morrer, do que não viver esperando a morte. E é assim que espero que sigam a vida, para realmente viverem.
Serão então os meus hérois os que têm capacidades que são notabilizadas por todos? Os que são mediáticos e conseguem comandar massas através do seu interior? Os que praticam o bem de uma forma pura?
Não, hérois são os meus amigos.
segunda-feira, 24 de março de 2008
Anjos
Abriu os olhos. Tinha parado de chover. Saiu de baixo do casaco do seu irmão e voltou a olhar para o exterior, as nuvens cinzentas persistiam no ar, contudo a chuva tinha fugido daquele local. Olhou para o irmão e reparou pela primeira vez na sua expressão em descanso. Tudo o que via era um amor, um amor maior do que qualquer detalhe menos estético, ou do que qualquer imperfeiçao.
Momentos antes, quando a foi buscar a casa, Jon reparou nos pormenores da sua vida, cada movimento do corpo da sua irmã era de um enorme esplendor, linda, querida, perfeita, o sorriso, os cabelos que teimavam seguir o vento, toda ela, como se de um anjo se tratasse. Quando entrou no seu carro abraçaram-se, e que abraço, durou uns bons minutos, mas não foram bons, foram excelentes. Sentia-a tão perto, sentia-se tao aconchegado, tão seguro, como se tudo estivesse ali, mas não estava. Ela chorava no seu ombro, problemas sem solução dizia-lhe ele. Foi um abraço que soube a vida, porque era sem dúvida esta a vida dele.
Porém, naquele momento, não estavam nesse abraço, nem no mesmo local. Ele dormia profundamente, e ela olhava-o, como se olhasse o melhor da vida. Não eram irmãos, apenas no coração.
“Irmão” – dizia-lhe ela ao ouvido, de forma gentil e meiga.
Ele acordou, como se tivesse dormido anos, e olhou pela janela.
Podia constatar que já nao chovia, porque as nuvens já se encontravam abaixo deles. Estavam muito a cima, sentados numa cadeira que só eles conseguiam sentir.
Para trás ficava o mundo, os maus e bons sentimentos, mas para a frente ficava o que realmente valia a pena.
“Irmão, chegámos.”
E tinham chegado, ao Paraíso.
Momentos antes, quando a foi buscar a casa, Jon reparou nos pormenores da sua vida, cada movimento do corpo da sua irmã era de um enorme esplendor, linda, querida, perfeita, o sorriso, os cabelos que teimavam seguir o vento, toda ela, como se de um anjo se tratasse. Quando entrou no seu carro abraçaram-se, e que abraço, durou uns bons minutos, mas não foram bons, foram excelentes. Sentia-a tão perto, sentia-se tao aconchegado, tão seguro, como se tudo estivesse ali, mas não estava. Ela chorava no seu ombro, problemas sem solução dizia-lhe ele. Foi um abraço que soube a vida, porque era sem dúvida esta a vida dele.
Porém, naquele momento, não estavam nesse abraço, nem no mesmo local. Ele dormia profundamente, e ela olhava-o, como se olhasse o melhor da vida. Não eram irmãos, apenas no coração.
“Irmão” – dizia-lhe ela ao ouvido, de forma gentil e meiga.
Ele acordou, como se tivesse dormido anos, e olhou pela janela.
Podia constatar que já nao chovia, porque as nuvens já se encontravam abaixo deles. Estavam muito a cima, sentados numa cadeira que só eles conseguiam sentir.
Para trás ficava o mundo, os maus e bons sentimentos, mas para a frente ficava o que realmente valia a pena.
“Irmão, chegámos.”
E tinham chegado, ao Paraíso.
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
Sexta-feira
Pela segunda sexta-feira seguida senti-me em 'casa'. Não é a casa a que tradicionalmente associamos, mas sim a casa que me trás paz e equilíbrio, mesmo que não haja nada para dizer, é uma presença que me faz sentir seguro.
As ruas de Lisboa apaixonam-me, seja onde for, fazem-me sentir bem.
Obrigado por mais um 'hoje'.
As ruas de Lisboa apaixonam-me, seja onde for, fazem-me sentir bem.
Obrigado por mais um 'hoje'.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
O Cinema de Janeiro a 15 de Fevereiro
Um mês e meio decorrido neste 2008 aproveito para fazer uma pequena revisão sobre os filmes que visionei no cinema até esta data, por ordem de preferência:
1-There Will Be Blood- Paul Thomas Anderson
Não há muito a dizer desta obra-prima, é sem dúvida isso mesmo, uma obra-prima, com uma banda sonora excepcionalmente arrepiante, uma realização medida e perfeita, relações humanas extraordinárias e uma interpretação que ultrapassa o ser humano(daniel day-lewis).
'There Will be Blood' é dos melhores filmes dos últimos anos, e um exemplo de cinema no seu expoente máximo. 5/5
2-The Darjeeling Limited- Wes Anderson
Wes Anderson dá seguimento ao estilo que o popularizou, contudo de forma menos conseguida que o seu filme anterior. História interessante e boa relação entre as personagens principais, tudo ao estilo de Wes Anderson. 4/5
3-Rambo- Sylvester Stallone
De forma simples e concisa, posso dizer que este John Rambo está um bom filme de entretenimento e acção, com boas sequências, filmado de forma competente e bem ao estilo de um filme de acção que pretende o mais simples, entreter, com sucesso. 3,5/5
4-3:10 to Yuma- James Mangold
História interessante, algumas personagens bem construidas, porém a personagem do Russel Crowe é muito fraca e muito pouco desenvolvida. Pretende dramatizar cenas em que não é capaz, porque não consegue dar dimensão humana as personagens. 3,5/5
5-Atonement- Joe Wright
Filme que me surpreendeu, pelo anterior filme do realizador ter sido, na minha opinião, um fracasso total. Interpretações medianas e muito menos forçadas do que no "Pride and Prejudice", muito menos teatral e mais natural e uma realização mais cuidadosa tornam este 'Atonement', numa boa surpresa deste ano. Um filme interessante. 3/5
6-Charlie Wilson`s War - Mike Nichols
Filme simpático, com uma história bem conduzida, porém com os mesmos vicíos americanos, que tentam sobrevalorizar a pátria, da forma mais idiota possível(a forma heroíca). Tom Hanks tem um bom papel, tal como Philip Seymour Hoffman(melhor interpretação do filme).
7-No Country For Old Men- Ethan Coen, Joel Coen
Javier Bardem tem uma interpretação de gigante neste filme menor, em que Tommy Lee Jones é apenas parte do estúdio, entrando em cena algumas vezes, para despejar umas frases sobre moral e coisas da vida, de forma algo idiota e forçada. História interessante até certo ponto, até quando se começa a tornar repetitiva e algo irritante. Bons planos, boa realização. 2/5
8-Cloverfield- Matt Reeves
Filme completamente fracassado, com personagens vazias e sem espirito. Sequências de acção bem conseguidas, história banal e pouco surpreendente. Já vi este filme algures... 1/5
1-There Will Be Blood- Paul Thomas Anderson
Não há muito a dizer desta obra-prima, é sem dúvida isso mesmo, uma obra-prima, com uma banda sonora excepcionalmente arrepiante, uma realização medida e perfeita, relações humanas extraordinárias e uma interpretação que ultrapassa o ser humano(daniel day-lewis).
'There Will be Blood' é dos melhores filmes dos últimos anos, e um exemplo de cinema no seu expoente máximo. 5/5
2-The Darjeeling Limited- Wes Anderson
Wes Anderson dá seguimento ao estilo que o popularizou, contudo de forma menos conseguida que o seu filme anterior. História interessante e boa relação entre as personagens principais, tudo ao estilo de Wes Anderson. 4/5
3-Rambo- Sylvester Stallone
De forma simples e concisa, posso dizer que este John Rambo está um bom filme de entretenimento e acção, com boas sequências, filmado de forma competente e bem ao estilo de um filme de acção que pretende o mais simples, entreter, com sucesso. 3,5/5
4-3:10 to Yuma- James Mangold
História interessante, algumas personagens bem construidas, porém a personagem do Russel Crowe é muito fraca e muito pouco desenvolvida. Pretende dramatizar cenas em que não é capaz, porque não consegue dar dimensão humana as personagens. 3,5/5
5-Atonement- Joe Wright
Filme que me surpreendeu, pelo anterior filme do realizador ter sido, na minha opinião, um fracasso total. Interpretações medianas e muito menos forçadas do que no "Pride and Prejudice", muito menos teatral e mais natural e uma realização mais cuidadosa tornam este 'Atonement', numa boa surpresa deste ano. Um filme interessante. 3/5
6-Charlie Wilson`s War - Mike Nichols
Filme simpático, com uma história bem conduzida, porém com os mesmos vicíos americanos, que tentam sobrevalorizar a pátria, da forma mais idiota possível(a forma heroíca). Tom Hanks tem um bom papel, tal como Philip Seymour Hoffman(melhor interpretação do filme).
7-No Country For Old Men- Ethan Coen, Joel Coen
Javier Bardem tem uma interpretação de gigante neste filme menor, em que Tommy Lee Jones é apenas parte do estúdio, entrando em cena algumas vezes, para despejar umas frases sobre moral e coisas da vida, de forma algo idiota e forçada. História interessante até certo ponto, até quando se começa a tornar repetitiva e algo irritante. Bons planos, boa realização. 2/5
8-Cloverfield- Matt Reeves
Filme completamente fracassado, com personagens vazias e sem espirito. Sequências de acção bem conseguidas, história banal e pouco surpreendente. Já vi este filme algures... 1/5
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
The Blonde Devil
Abriu os olhos e levantou ligeiramente a cabeça, o cenário era no mínimo bizarro. Encontrava-se num quarto completamente tingido de um líquido vermelho vivo. Era sangue, e à sua volta encontravam-se inúmeros corpos inanimados e desfigurados. Levantou-se e reparou na katana que tinha a seu lado, onde se encontravam gravadas as iniciais, “j.r.”, pegou na katana abandonou o quarto. O corredor estava cheio de luz e se dúvidas haviam, ela estava num hotel.
Karole Devalakov, ou Deva, como era conhecida, era uma rapariga polaca de vinte cinco anos, que vivia na entediante metrópole de Vienna. Não fazia ideia como tinha vindo parar aquele hotel, ela era apenas uma rapariga perseguida pela herança de seu pai. Deva era fruto de uma relação do Conde Miroslav Ivanschwitz da Aústria, com uma empregada de uma das suas casas na Polónia. O Conde surpreendeu todos ao deixar no seu testamento que toda a sua fortuna passaria para a sua filha bastarda, em vez dos seus dois filhos. Deva nunca pediu por tal herança, pelo contrário, o dinheiro nunca a atraíu, mas devido a este destino, é constantemente perseguida pela Máfia de Vienna, ou seja, pelos seus dois irmãos, que procuram a sua morte e fortuna. Para impedir tal acontecimento, Deva foi-se treinando ao longo dos tempos, e não tem sido um alvo fácil a abater.
Devido à sua beleza, olhos azuis, pele branca, cabelos curtos e dourados e à sua fisionomia sexualmente atraente, conseguiu reunir alguns “amigos”, de forma a que pudesse ter sempre auxilio.
Saiu do hotel sem que ninguém a visse. Na rua todos olhavam para ela, alguns por causa da sua beleza, outros devido ao cheiro invisivel do rasto de sangue que ela sempre deixava. Era uma mulher perseguida pelo seu passado e eram raras as vezes em que esboçava um sorriso.
Eram 23:30 e a bela e negra cidade de Vienna encontrava-se praticamente toda a repousar. Dirigiu-se ao único sitio onde se sentia bem, o “Bloody Valentine”, um café obscuro que era gerido pelo único verdadeiro amigo de Deva, Matthias Samsen, um homem com cinquenta e oito anos, com barba e cabelos cinzentos, que sempre cuidara de Deva.
Ao entrar no bar, todos os olhares se concentraram na esbelta e rebelde rapariga, que trazia sempre a sua katana atrás, contudo, todos voltavam as suas vidas quando Samsen resmungava algo para ninguém olhar para ela. Sentou-se ao balcão, de cabeça em baixo, e em tom seco pediu um moscatel, a única bebida que ingeria.
- Mais mortes hein? Atraís o sangue, mas deixa lá, aqui ninguém se importa- disse Samsen à rapariga, enquanto lhe servia o moscatel.
- Está quase no fim – respondeu ela.
Samsen ia perguntar o que é que ela tinha em mente, mas foi interrompido por Carl Brucken, que tinha entrado no bar. Brucken era amigo dos irmãos de Deva e controlava aquela zona da cidade, contudo não a perseguia, porque compreendeu que lucrava muito mais com ela viva...
Brucken entrou com os seus dois capangas e sentaram-se todos ao balcão. Deva parecia nem ter notado a sua entrada.
- Então Deva, já não cumprimentas o teu amigo? Ouvi dizer que andaste a fazer estragos no hotel Olympus – disse o desprezivel Brucken, que tinha sempre a barba por fazer e tinha a mania de usar um chapéu de cowboy.
-Os teus amigos foram fáceis de mais, arranja-me mais desafio...ah, e já agora vai-te foder Brucken! – afirmou calmamente a jovem rapariga.
Este, levantou-se furioso e ordenou a um dos seus homens que apontasse a pistola a Samsen, a confusão estava instalada.
Depois, Brucken segredou algo ao ouvido de Deva, que continuava sentada calmamente.
- Vá, queres que o teu velho morra? – perguntou sagazmente Brucken.
Deva levantou-se e dirigiu-se ás traseiras, Brucken seguiu-a mais um dos seus capangas.
- Não! Não o faças Deva! – disse asfixiosamente Samsen, ainda com uma pistola apontada à cabeça.
À porta do armazém, Brucken ordenou ao seu capanga que ali ficasse, e entrou lá para dentro com o ‘Diabo Dourado’, como por vezes chamavam a Deva, que continuava muito calma.
Rapidamente baixou as calças e fez o mesmo com a jovem, encostando-a à parede. A “violação” começou, de costas para a parede Deva nada dizia, enquanto Brucken a violava incansavelmente!
- Sabes Brucken, estou farta de ti! – disse a jovem rapariga, ao que o homem respondeu com um murmúrio.
Subitamente, um som agudo e intenso percorreu todo o armazém e Brucken começava a sentir uma agonia tremenda. Deva tinha acabado de lhe dar um tiro nos testículos!
- AHHHH!!! – gritou ele em pânico! Sentia tudo à roda, mas quando voltou a olhar para Deva, apenas viu o cano da pistola, e outra bala foi disparada, desta vez em direcção do seu cérebro. Estava morto! E o armazém coberto de sangue. Deva vestiu-se rapidamente.
Entretanto, o capanga que se encontrava à porta do armazém decidiu entrar, dando um valente pontapé na porta. Olhou para dentro e viu o seu chefe estendido no chão, coberto de sangue, com os seus miolos a servirem de decoração das paredes.
“Onde se teria metido a vaca”, pensara ele. Virou-se e sentiu um aperto ao mesmo tempo que ouvia o barulho do tiro, agora dentro da sua cabeça. Deva encontrava-se já do lado de fora do armazém e havia disparado novamente. Os miolos do capanga de Brucken confundiam-se agora com os do seu chefe. Saiu para o bar rapidamente e deu outro tiro certeiro no outro vilão, tão certeiro que este caiu prontamente inanimado no chão.
- Não o devias ter feito! E agora, o que vai ser do meu bar, de mim?? – perguntou Samsen algo exaltado para Deva, que se encontrava numa apatia total, e com a cara coberta de sangue. Limpou-se e pagou o moscatel.
- Até amanha Samsen, e não te preocupes, livra-te dos corpos que ninguém vai desconfiar de ti – disse a jovem rapariga, saindo porta fora. Ao longe, alguém a via sair, alguém que tinha visto o sucedido...
Acordou no outro dia, agora em sua casa, e com vontade de beber moscatel. Vestiu-se e decidiu ir ao café de Samsen, aproveitava e almoçava por lá.
Chuvia em toda a cidade de Vienna, os céus carregavam uma apatia e um claro cheiro a morte, Deva sabia-o, a morte andava sempre uns passos atrás dela. Quando abriu a porta para entrar no café, a expressão sempre calma da rapariga modificou-se e dava agora lugar a uma cara incrédula e completamente cheia de raiva e fúria. O café estava coberto de restos humanos e de sangue, tudo estava destruido. Não havia nada a dizer ou a pensar, estava tudo diante de Deva, da forma mais clara possivel. No balcão jazia espetada num pau, a cabeça de Samsen, o local do corpo era um mistério.
Deva serrou o seu punho com toda a força, tanta força que começou a sangrar da mão, e de forma firme disse em voz alta para todos aqueles cadáveres, mas em particular para a cabeça de Samsen: “Já te trago mais duas, meu velho”, e dito isto abandonou o local em direcção de um dos maiores edificios da cidade, o local onde se encontravam os seus dois irmãos. Entrar por ali, pela frente, era suícidio, mesmo para a grande Deva. A raiva interior que ela sentia era comparada a pouca coisa, mesmo à morte do pai, nunca tinha gostado muito dele, mas em relação à sua mãe a história era bem diferente. A mãe fora assassinada pelos dois irmãos de Deva, quando ela tinha oito anos, desde essa idade veio viver para a Aústria, para casa de Samsen, amigo pessoal da familia, que guardou todo o dinheiro de Deva, até esta atingir a maioridade. A vingança era mais que pessoal, e agora tinha chegado aos seus limites, havia apenas que pensar numa forma de entrar dentro daquela fortaleza, chegar ao último andar e matar os dois homens, que são seus irmãos.
Andreas Linz, que era porteiro do prédio dos irmãos de Deva, era casado com Linova Rasmussen. Tinham casado há pouco tempo e Andreas adorava olhar para o B.I. e ver “casado”. Contudo, a sua exposa não iria ver esse estado no seu B.I. por muito mais tempo, pois o seu marido, acabava de ser esmagado por um gigante autocarro que acabava de se enfiar pela porta do prédio dos Advogados Ivanschwitz(irmãos de Deva).
Com metade do autocarro dentro do prédio, os restantes guardas não demoraram a aproximar-se a a pontar as suas armas ao suposto condutor, porém quando abriram a porta do autocarro, outra explosão eclodiu, transfigurando-os em bocados de carne soltos.
Deva tinha enchido o autocarro com explosivos e feito com que este explodisse no momento em que abrissem a sua porta.
No meio deste aparato, Deva tinha entrado pelas traseiras e encontrava-se a subir os andares pelas escadas, um por um, enquanto toda a gente estava reunida em volta da explosão.
Tinha chegado ao último andar, atirou uma granada junto da porta e uns gritos por dentro faziam-se ouvir. Entrou ainda com o fumo e imobilizou quatro guarda-costas, com quatro tiros certeiros. Quando o fumo se dissipou, Deva reparou que um dos seus irmãos se encontrava no chão, a tremer completamente.
- Não irmã, não o faças!!! Nós nunca tivemos realmente intenção de te matar!!! – disse um dos seus irmãos.
Deva sorriu, e parecia acalmar, porém o seu irmão, que já se sentia mais calmo, não reparou na outra mão da irmã, que apontava uma arma, e prontamente começou a disparar. Deva sorria perante aquela matança. De repente, Deva sentiu uma dor horrivel, tinha sido atingida no braço, tentou saltar para outro lado mas foi atingida na perna e caiu no chão. Meio a restejar pôde olhar para cima e ver que o outro seu irmão se encontrava no tecto, numa pequena plataforma. Carol saltou e caiu no chão, vestia um smoking escuro e tinha um sorriso bastante maquiavélico.
- Não contavas com isto cara irmã. Obrigado por teres morto o nosso irmão, assim fico com toda a fortuna – disse o irmão à irmã.
Carol estava de costas para a entrada, que se encontrava completamente desfeita pela explosão da granada, mas no meio de todo aquele fumo, encontrava-se escondido um objecto que cintilava.
- Chegou a tua altura irmã, obrigado por teres guardado o dinheiro.
Deva sorriu novamente, era muito raro ver o “Diabo Dourado” a sorrir, mas era das coisas mais belas do mundo, a sua pequena boca a sorrir...
- Faz me um favor Carol, antes de te ires foder, olha para trás.
Quando Carol se virou, Deva pressionou um botão no seu fato, e de forma instantanêa, um arpão foi lançado directamente contra o corpo de Carol, perfurando-o agressivamente, e envolvendo o local numa mancha vermelha de sangue. Carol caiu no chão, aos poucos.
Deva levantou-se lentamente, ela tinha sempre um trunfo na manga, sempre algo menos visível que a pudesse ajudar. A sua missão estava terminada, tinha vingado toda a gente que lhe era importante, estava na altura de pegar no dinheiro da sua fortuna e sair desta cidade.
Pegou na cabeça de um dos irmãos e meteu-a dentro de um saco. Quando se preparava para arrancar a cabeça de Carol, reparou que este ainda estava consciente e murmurava algo...
- I-irmã, n-não penses q-que és só t-tu que tem trunfos - E dito isto carregou num botão no punho do casaco, que activou um sistema de alerta.
“EXPLOSÃO TOTAL DO PRÉDIO DENTRO DE 3 MINUTOS”.
Deva ficou gelada, não teria tempo para abandonar o local. Pegou na outra cabeça, pôs o saco ás costas e desatou a correr, o tempo era escasso.
Cada piso que descia parecia levar ao mesmo piso anterior, e assim sucessivamente. Estava no 35º andar e faltavam 2 minutos. 16º e faltava um minuto. 5º andar e faltavam 30 segundos.
Chegou à entrada, a 15 segundos da explosão final, o seu coração tremia de cansaço, quase sem respirar continuo a correr desenfreadamente, com uma perna em muito mau estado e um braço com muito pouca força, toda ela era um boneco de sangue.
A explosão de todo o prédio ouviu-se por toda a cidade, até ao Palácio da Sissi.
Por baixo de uns escombros, mais à frente do prédio, estava Deva. Levantou-se, estava num péssimo estado mas conseguia andar.
Foi cambaleando até ao café do seu velho amigo, completamente coberta de sangue. As pessoas passavam escandalizadas por ela, mas ninguém lhe perguntava nada.
Tinha chegado ao café, pôs duas bombas dentro do saco das cabeças e atirou-o lá para dentro.
“Aqui estão elas velho amigo. Havemos de nos ver outro dia...” – disse a rapariga num estado lastimoso.
Deva caminhava agora na direcçao oposta ao café, nas suas costas estava esse local que em breve deixaria de existir. Um minuto depois, nova explosão, o antigo café de Samsen ia pelos ares, e com ele muita gente importante.
Deva não tinha destino, o seu destino era onde ele estivesse, o único, o verdadeiro amor da vida de Deva...
FIM.
Karole Devalakov, ou Deva, como era conhecida, era uma rapariga polaca de vinte cinco anos, que vivia na entediante metrópole de Vienna. Não fazia ideia como tinha vindo parar aquele hotel, ela era apenas uma rapariga perseguida pela herança de seu pai. Deva era fruto de uma relação do Conde Miroslav Ivanschwitz da Aústria, com uma empregada de uma das suas casas na Polónia. O Conde surpreendeu todos ao deixar no seu testamento que toda a sua fortuna passaria para a sua filha bastarda, em vez dos seus dois filhos. Deva nunca pediu por tal herança, pelo contrário, o dinheiro nunca a atraíu, mas devido a este destino, é constantemente perseguida pela Máfia de Vienna, ou seja, pelos seus dois irmãos, que procuram a sua morte e fortuna. Para impedir tal acontecimento, Deva foi-se treinando ao longo dos tempos, e não tem sido um alvo fácil a abater.
Devido à sua beleza, olhos azuis, pele branca, cabelos curtos e dourados e à sua fisionomia sexualmente atraente, conseguiu reunir alguns “amigos”, de forma a que pudesse ter sempre auxilio.
Saiu do hotel sem que ninguém a visse. Na rua todos olhavam para ela, alguns por causa da sua beleza, outros devido ao cheiro invisivel do rasto de sangue que ela sempre deixava. Era uma mulher perseguida pelo seu passado e eram raras as vezes em que esboçava um sorriso.
Eram 23:30 e a bela e negra cidade de Vienna encontrava-se praticamente toda a repousar. Dirigiu-se ao único sitio onde se sentia bem, o “Bloody Valentine”, um café obscuro que era gerido pelo único verdadeiro amigo de Deva, Matthias Samsen, um homem com cinquenta e oito anos, com barba e cabelos cinzentos, que sempre cuidara de Deva.
Ao entrar no bar, todos os olhares se concentraram na esbelta e rebelde rapariga, que trazia sempre a sua katana atrás, contudo, todos voltavam as suas vidas quando Samsen resmungava algo para ninguém olhar para ela. Sentou-se ao balcão, de cabeça em baixo, e em tom seco pediu um moscatel, a única bebida que ingeria.
- Mais mortes hein? Atraís o sangue, mas deixa lá, aqui ninguém se importa- disse Samsen à rapariga, enquanto lhe servia o moscatel.
- Está quase no fim – respondeu ela.
Samsen ia perguntar o que é que ela tinha em mente, mas foi interrompido por Carl Brucken, que tinha entrado no bar. Brucken era amigo dos irmãos de Deva e controlava aquela zona da cidade, contudo não a perseguia, porque compreendeu que lucrava muito mais com ela viva...
Brucken entrou com os seus dois capangas e sentaram-se todos ao balcão. Deva parecia nem ter notado a sua entrada.
- Então Deva, já não cumprimentas o teu amigo? Ouvi dizer que andaste a fazer estragos no hotel Olympus – disse o desprezivel Brucken, que tinha sempre a barba por fazer e tinha a mania de usar um chapéu de cowboy.
-Os teus amigos foram fáceis de mais, arranja-me mais desafio...ah, e já agora vai-te foder Brucken! – afirmou calmamente a jovem rapariga.
Este, levantou-se furioso e ordenou a um dos seus homens que apontasse a pistola a Samsen, a confusão estava instalada.
Depois, Brucken segredou algo ao ouvido de Deva, que continuava sentada calmamente.
- Vá, queres que o teu velho morra? – perguntou sagazmente Brucken.
Deva levantou-se e dirigiu-se ás traseiras, Brucken seguiu-a mais um dos seus capangas.
- Não! Não o faças Deva! – disse asfixiosamente Samsen, ainda com uma pistola apontada à cabeça.
À porta do armazém, Brucken ordenou ao seu capanga que ali ficasse, e entrou lá para dentro com o ‘Diabo Dourado’, como por vezes chamavam a Deva, que continuava muito calma.
Rapidamente baixou as calças e fez o mesmo com a jovem, encostando-a à parede. A “violação” começou, de costas para a parede Deva nada dizia, enquanto Brucken a violava incansavelmente!
- Sabes Brucken, estou farta de ti! – disse a jovem rapariga, ao que o homem respondeu com um murmúrio.
Subitamente, um som agudo e intenso percorreu todo o armazém e Brucken começava a sentir uma agonia tremenda. Deva tinha acabado de lhe dar um tiro nos testículos!
- AHHHH!!! – gritou ele em pânico! Sentia tudo à roda, mas quando voltou a olhar para Deva, apenas viu o cano da pistola, e outra bala foi disparada, desta vez em direcção do seu cérebro. Estava morto! E o armazém coberto de sangue. Deva vestiu-se rapidamente.
Entretanto, o capanga que se encontrava à porta do armazém decidiu entrar, dando um valente pontapé na porta. Olhou para dentro e viu o seu chefe estendido no chão, coberto de sangue, com os seus miolos a servirem de decoração das paredes.
“Onde se teria metido a vaca”, pensara ele. Virou-se e sentiu um aperto ao mesmo tempo que ouvia o barulho do tiro, agora dentro da sua cabeça. Deva encontrava-se já do lado de fora do armazém e havia disparado novamente. Os miolos do capanga de Brucken confundiam-se agora com os do seu chefe. Saiu para o bar rapidamente e deu outro tiro certeiro no outro vilão, tão certeiro que este caiu prontamente inanimado no chão.
- Não o devias ter feito! E agora, o que vai ser do meu bar, de mim?? – perguntou Samsen algo exaltado para Deva, que se encontrava numa apatia total, e com a cara coberta de sangue. Limpou-se e pagou o moscatel.
- Até amanha Samsen, e não te preocupes, livra-te dos corpos que ninguém vai desconfiar de ti – disse a jovem rapariga, saindo porta fora. Ao longe, alguém a via sair, alguém que tinha visto o sucedido...
Acordou no outro dia, agora em sua casa, e com vontade de beber moscatel. Vestiu-se e decidiu ir ao café de Samsen, aproveitava e almoçava por lá.
Chuvia em toda a cidade de Vienna, os céus carregavam uma apatia e um claro cheiro a morte, Deva sabia-o, a morte andava sempre uns passos atrás dela. Quando abriu a porta para entrar no café, a expressão sempre calma da rapariga modificou-se e dava agora lugar a uma cara incrédula e completamente cheia de raiva e fúria. O café estava coberto de restos humanos e de sangue, tudo estava destruido. Não havia nada a dizer ou a pensar, estava tudo diante de Deva, da forma mais clara possivel. No balcão jazia espetada num pau, a cabeça de Samsen, o local do corpo era um mistério.
Deva serrou o seu punho com toda a força, tanta força que começou a sangrar da mão, e de forma firme disse em voz alta para todos aqueles cadáveres, mas em particular para a cabeça de Samsen: “Já te trago mais duas, meu velho”, e dito isto abandonou o local em direcção de um dos maiores edificios da cidade, o local onde se encontravam os seus dois irmãos. Entrar por ali, pela frente, era suícidio, mesmo para a grande Deva. A raiva interior que ela sentia era comparada a pouca coisa, mesmo à morte do pai, nunca tinha gostado muito dele, mas em relação à sua mãe a história era bem diferente. A mãe fora assassinada pelos dois irmãos de Deva, quando ela tinha oito anos, desde essa idade veio viver para a Aústria, para casa de Samsen, amigo pessoal da familia, que guardou todo o dinheiro de Deva, até esta atingir a maioridade. A vingança era mais que pessoal, e agora tinha chegado aos seus limites, havia apenas que pensar numa forma de entrar dentro daquela fortaleza, chegar ao último andar e matar os dois homens, que são seus irmãos.
Andreas Linz, que era porteiro do prédio dos irmãos de Deva, era casado com Linova Rasmussen. Tinham casado há pouco tempo e Andreas adorava olhar para o B.I. e ver “casado”. Contudo, a sua exposa não iria ver esse estado no seu B.I. por muito mais tempo, pois o seu marido, acabava de ser esmagado por um gigante autocarro que acabava de se enfiar pela porta do prédio dos Advogados Ivanschwitz(irmãos de Deva).
Com metade do autocarro dentro do prédio, os restantes guardas não demoraram a aproximar-se a a pontar as suas armas ao suposto condutor, porém quando abriram a porta do autocarro, outra explosão eclodiu, transfigurando-os em bocados de carne soltos.
Deva tinha enchido o autocarro com explosivos e feito com que este explodisse no momento em que abrissem a sua porta.
No meio deste aparato, Deva tinha entrado pelas traseiras e encontrava-se a subir os andares pelas escadas, um por um, enquanto toda a gente estava reunida em volta da explosão.
Tinha chegado ao último andar, atirou uma granada junto da porta e uns gritos por dentro faziam-se ouvir. Entrou ainda com o fumo e imobilizou quatro guarda-costas, com quatro tiros certeiros. Quando o fumo se dissipou, Deva reparou que um dos seus irmãos se encontrava no chão, a tremer completamente.
- Não irmã, não o faças!!! Nós nunca tivemos realmente intenção de te matar!!! – disse um dos seus irmãos.
Deva sorriu, e parecia acalmar, porém o seu irmão, que já se sentia mais calmo, não reparou na outra mão da irmã, que apontava uma arma, e prontamente começou a disparar. Deva sorria perante aquela matança. De repente, Deva sentiu uma dor horrivel, tinha sido atingida no braço, tentou saltar para outro lado mas foi atingida na perna e caiu no chão. Meio a restejar pôde olhar para cima e ver que o outro seu irmão se encontrava no tecto, numa pequena plataforma. Carol saltou e caiu no chão, vestia um smoking escuro e tinha um sorriso bastante maquiavélico.
- Não contavas com isto cara irmã. Obrigado por teres morto o nosso irmão, assim fico com toda a fortuna – disse o irmão à irmã.
Carol estava de costas para a entrada, que se encontrava completamente desfeita pela explosão da granada, mas no meio de todo aquele fumo, encontrava-se escondido um objecto que cintilava.
- Chegou a tua altura irmã, obrigado por teres guardado o dinheiro.
Deva sorriu novamente, era muito raro ver o “Diabo Dourado” a sorrir, mas era das coisas mais belas do mundo, a sua pequena boca a sorrir...
- Faz me um favor Carol, antes de te ires foder, olha para trás.
Quando Carol se virou, Deva pressionou um botão no seu fato, e de forma instantanêa, um arpão foi lançado directamente contra o corpo de Carol, perfurando-o agressivamente, e envolvendo o local numa mancha vermelha de sangue. Carol caiu no chão, aos poucos.
Deva levantou-se lentamente, ela tinha sempre um trunfo na manga, sempre algo menos visível que a pudesse ajudar. A sua missão estava terminada, tinha vingado toda a gente que lhe era importante, estava na altura de pegar no dinheiro da sua fortuna e sair desta cidade.
Pegou na cabeça de um dos irmãos e meteu-a dentro de um saco. Quando se preparava para arrancar a cabeça de Carol, reparou que este ainda estava consciente e murmurava algo...
- I-irmã, n-não penses q-que és só t-tu que tem trunfos - E dito isto carregou num botão no punho do casaco, que activou um sistema de alerta.
“EXPLOSÃO TOTAL DO PRÉDIO DENTRO DE 3 MINUTOS”.
Deva ficou gelada, não teria tempo para abandonar o local. Pegou na outra cabeça, pôs o saco ás costas e desatou a correr, o tempo era escasso.
Cada piso que descia parecia levar ao mesmo piso anterior, e assim sucessivamente. Estava no 35º andar e faltavam 2 minutos. 16º e faltava um minuto. 5º andar e faltavam 30 segundos.
Chegou à entrada, a 15 segundos da explosão final, o seu coração tremia de cansaço, quase sem respirar continuo a correr desenfreadamente, com uma perna em muito mau estado e um braço com muito pouca força, toda ela era um boneco de sangue.
A explosão de todo o prédio ouviu-se por toda a cidade, até ao Palácio da Sissi.
Por baixo de uns escombros, mais à frente do prédio, estava Deva. Levantou-se, estava num péssimo estado mas conseguia andar.
Foi cambaleando até ao café do seu velho amigo, completamente coberta de sangue. As pessoas passavam escandalizadas por ela, mas ninguém lhe perguntava nada.
Tinha chegado ao café, pôs duas bombas dentro do saco das cabeças e atirou-o lá para dentro.
“Aqui estão elas velho amigo. Havemos de nos ver outro dia...” – disse a rapariga num estado lastimoso.
Deva caminhava agora na direcçao oposta ao café, nas suas costas estava esse local que em breve deixaria de existir. Um minuto depois, nova explosão, o antigo café de Samsen ia pelos ares, e com ele muita gente importante.
Deva não tinha destino, o seu destino era onde ele estivesse, o único, o verdadeiro amor da vida de Deva...
FIM.
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
Sonhos de um jovem adulto
Não sinto a necessidade da riqueza. Não preciso de grandes casas, de barcos, de grandes carros, de roupa de marca, de coisas materiais...Não é isso que me faz viver. O que me faz viver são as pessoas, as emoções e o os sentimentos. A vida é a única coisa que temos certa, e o tempo para a utilizarmos é demasiado curto. Se é demasiado curto, porque perdemos esse tempo valioso em coisas que não nos fazem viver?
A riqueza que mais me fascina é a interior, e nem todos a têm. Apetecia-me correr o mundo à procura dessas pessoas, com essa riqueza, com vontade de viver. Gostava que fosse mais simples, eu, tu, ele e ela, não era preciso mais nada, mais nenhuma riqueza.O Objectivo? Explorar a vida, da forma mais simples e com quem mais gostamos. É por teres uma personalidade assim que significas tanto.
Sinto-me enorme, e não são as casas, os barcos, ou os carros que me fazem sentir assim, são vocês...
A riqueza que mais me fascina é a interior, e nem todos a têm. Apetecia-me correr o mundo à procura dessas pessoas, com essa riqueza, com vontade de viver. Gostava que fosse mais simples, eu, tu, ele e ela, não era preciso mais nada, mais nenhuma riqueza.O Objectivo? Explorar a vida, da forma mais simples e com quem mais gostamos. É por teres uma personalidade assim que significas tanto.
Sinto-me enorme, e não são as casas, os barcos, ou os carros que me fazem sentir assim, são vocês...
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Dangerous Games
Abriu os olhos, era sexta feira, ultima dia de aulas da semana, porém nao lhe apetecia nada ir, apetecia lhe mais ficar a jogar o seu jogo online, com os seus amigos do estrangeiro, do que aturar velhos que nada sabem....levantou-se e vestiu qualquer coisa mais prática. Robert era um jovem pálido,e magro de meia estatura, cabelo castanho curtinho ás farripas e sardas na face, de hoje a mês completará dezoito anos, estudar não é o seu forte, prefere passar os dias a jogar online....
Ao fim da tarde, já com os pais em casa, o telefone toca, a mãe vai atender....era a directora da escola, a declarar que Robert tinha faltado mais uma vez...os pais de Robert já tinham entrado em desespero, o rapaz nao largava os jogos e por mais que se falassse com ele nada resultava, a mãe um dia até lhe mostrou um artigo numa revista que dizia, ‘Não deixe que os jogos se tornem a sua única realidade, jogue com moderaçao’, mas nada disso lhe fazia confusão, ele continuava apenas a jogar e a fazer nada mais.
No outro dia de manhã Robert acordou sobressaltado, levantou-se e olhou a janela, reparou que os pais saiam calmamente de casa, estavam ainda no quintal a fazer algo, de repente ouvem-se as sirenes da policia ao longe, Robert vestiu-se e ligou o computador, entretanto as sirenes aproximavam-se. Decidiu espreitar pela janela, e prontamente viu dois carros da policia a chegar a sua casa, os pais aproximaram-se dos veiculos.
Robert estranhou a presença da policia na sua casa, o que quereriam eles?
De repente, e de forma assustadoramente real, os policias tiraram as suas armas e apontaram-nas aos pais de Robert! “Teriam eles feito algo?”, pensou o jovem.
De forma quase instantanea ao som, os corpos dos dois individuos caíram pelo chão, abatidos pelo estrondo das balas nos seus corpos Seguiram-se vários tiros contra estes mesmos corpos. Robert olhava incrédulo e apavarodo, sentindo-se completamente gelado. Os seus pais estavam mortos!
Sem pensar, começou a correr, ainda completamente gelado e sem conseguir raciocinar claramente. Pegou na Katana e olhou apavorado para todas as saidas da casa, provavelmente os policias viriam também atrás dele. Rapidamente decidiu sair pela janela da sala, porém quando lá chegou viu que um dos policias ja estava quase a entrar.
Sem pensar muito, pegou na espada e atingiu o policia, era a primeira vez que matava uma pessoa e a agonia de ve la no chao estendida, roendo-se de dor, era pior do que alguma vez imaginara. Saltou pela janela e correu em direcçao ao mato, ao longe, dois dos policias conseguiram vê-lo e dispararam na sua direcçao. Porém, Robert era rapido como uma gazela e conseguiu fugir as suas balas, entrando na sombria floresta.
Ainda em pânico, tentava limpar o suor da testa enquanto corria o mais rapidamente possivel, sabia que viriam atrás dele e que o iriam matar, nao sabia era porquê, nem o que a sua familia tinha feito. De um dia calmo, em frente ao computador, passou para um dia onde toda a sua vida se tinha alterado, habituado a mortes virtuais, Robert tinha agora assistido a mortes reais e cruéis, as dos seus pais...Tinha o telemovel no bolso, pensara em ligar a um amigo, alguém, mas provavelmente ja tinham sido contactados pela policia. A sua ideia era fugir o mais rapidamente que conseguisse e tentar viver longe de tudo isto, para já era esta a ideia...
Parou, já nao conseguia correr mais, de repente, pequenas lágrimas, lágrimas geladas, escorriam pela sua cara, nao conseguia acreditar que estava a viver a realidade....ofegava, quase que nao conseguia respirar, sufocava-lhe a sensaçao de que se nao corresse iria ser apanhado, porém se continuasse a correr seria incapaz de respirar....entre uma morte certa e uma morte possivel Robert escolheu a mais favoravel, e tentou correr novamente.
Ao fim de seis metros estava estendido no chão, mal sentia o seu corpo, apenas uma dor aguda no peito, que se prolongava na sua alma e mente...Ao longe conseguia ouvir os passos da morte, os passos dos policias, que vinham em busca dele, ou do que restava dele.
Quando abriu novamente os olhos ainda se encontrava no mesmo local, mas agora estava rodeado de policias, ele no meio do circulo, tentando levantar-se....Os policias apontaram-lhe as armas, iam disparar. Robert sabia que a sua vida iria terminar, tal como a dos seus pais...Contudo, no ultimo minuto da sua vida, por detrás dos policias apareceu quem menos Robert esperava....o seu pai e mãe!
Sem conseguir pensar, Robert nem se mexeu e esperou, que a sua mae se dirigisse a ele, com um certo papel na mão, Robert pegou nele e conseguiu ler, “Não deixe que os jogos se tornem a sua única realidade, jogue com moderaçao’.
Quase sem acreditar, esboçou um sorriso, porém quando ia abraçar a sua mãe, reparou que na outra mão se encontrava uma pistola, apontada a sua cabeça, abriu bastante os olhos e ia exclamar algo, mas era já tarde de mais.
Ao fim da tarde, já com os pais em casa, o telefone toca, a mãe vai atender....era a directora da escola, a declarar que Robert tinha faltado mais uma vez...os pais de Robert já tinham entrado em desespero, o rapaz nao largava os jogos e por mais que se falassse com ele nada resultava, a mãe um dia até lhe mostrou um artigo numa revista que dizia, ‘Não deixe que os jogos se tornem a sua única realidade, jogue com moderaçao’, mas nada disso lhe fazia confusão, ele continuava apenas a jogar e a fazer nada mais.
No outro dia de manhã Robert acordou sobressaltado, levantou-se e olhou a janela, reparou que os pais saiam calmamente de casa, estavam ainda no quintal a fazer algo, de repente ouvem-se as sirenes da policia ao longe, Robert vestiu-se e ligou o computador, entretanto as sirenes aproximavam-se. Decidiu espreitar pela janela, e prontamente viu dois carros da policia a chegar a sua casa, os pais aproximaram-se dos veiculos.
Robert estranhou a presença da policia na sua casa, o que quereriam eles?
De repente, e de forma assustadoramente real, os policias tiraram as suas armas e apontaram-nas aos pais de Robert! “Teriam eles feito algo?”, pensou o jovem.
De forma quase instantanea ao som, os corpos dos dois individuos caíram pelo chão, abatidos pelo estrondo das balas nos seus corpos Seguiram-se vários tiros contra estes mesmos corpos. Robert olhava incrédulo e apavarodo, sentindo-se completamente gelado. Os seus pais estavam mortos!
Sem pensar, começou a correr, ainda completamente gelado e sem conseguir raciocinar claramente. Pegou na Katana e olhou apavorado para todas as saidas da casa, provavelmente os policias viriam também atrás dele. Rapidamente decidiu sair pela janela da sala, porém quando lá chegou viu que um dos policias ja estava quase a entrar.
Sem pensar muito, pegou na espada e atingiu o policia, era a primeira vez que matava uma pessoa e a agonia de ve la no chao estendida, roendo-se de dor, era pior do que alguma vez imaginara. Saltou pela janela e correu em direcçao ao mato, ao longe, dois dos policias conseguiram vê-lo e dispararam na sua direcçao. Porém, Robert era rapido como uma gazela e conseguiu fugir as suas balas, entrando na sombria floresta.
Ainda em pânico, tentava limpar o suor da testa enquanto corria o mais rapidamente possivel, sabia que viriam atrás dele e que o iriam matar, nao sabia era porquê, nem o que a sua familia tinha feito. De um dia calmo, em frente ao computador, passou para um dia onde toda a sua vida se tinha alterado, habituado a mortes virtuais, Robert tinha agora assistido a mortes reais e cruéis, as dos seus pais...Tinha o telemovel no bolso, pensara em ligar a um amigo, alguém, mas provavelmente ja tinham sido contactados pela policia. A sua ideia era fugir o mais rapidamente que conseguisse e tentar viver longe de tudo isto, para já era esta a ideia...
Parou, já nao conseguia correr mais, de repente, pequenas lágrimas, lágrimas geladas, escorriam pela sua cara, nao conseguia acreditar que estava a viver a realidade....ofegava, quase que nao conseguia respirar, sufocava-lhe a sensaçao de que se nao corresse iria ser apanhado, porém se continuasse a correr seria incapaz de respirar....entre uma morte certa e uma morte possivel Robert escolheu a mais favoravel, e tentou correr novamente.
Ao fim de seis metros estava estendido no chão, mal sentia o seu corpo, apenas uma dor aguda no peito, que se prolongava na sua alma e mente...Ao longe conseguia ouvir os passos da morte, os passos dos policias, que vinham em busca dele, ou do que restava dele.
Quando abriu novamente os olhos ainda se encontrava no mesmo local, mas agora estava rodeado de policias, ele no meio do circulo, tentando levantar-se....Os policias apontaram-lhe as armas, iam disparar. Robert sabia que a sua vida iria terminar, tal como a dos seus pais...Contudo, no ultimo minuto da sua vida, por detrás dos policias apareceu quem menos Robert esperava....o seu pai e mãe!
Sem conseguir pensar, Robert nem se mexeu e esperou, que a sua mae se dirigisse a ele, com um certo papel na mão, Robert pegou nele e conseguiu ler, “Não deixe que os jogos se tornem a sua única realidade, jogue com moderaçao’.
Quase sem acreditar, esboçou um sorriso, porém quando ia abraçar a sua mãe, reparou que na outra mão se encontrava uma pistola, apontada a sua cabeça, abriu bastante os olhos e ia exclamar algo, mas era já tarde de mais.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
Os Melhores do Ano 2007
Aproveito este início de Ano, para introduzir neste blog um novo mundo, o do cinema, a partir de hoje vou passar a publicar criticas de filmes, ou algo que tenha a ver com o mundo cinematografico, além dos habituais textos sobre qualquer tema. Posso assim dizer, que este é um blog que fala de tudo, da forma que se deve falar, a forma sicera.
Desta forma, ficam aqui os que para mim foram os dez melhores filmes de 2007, um ano pobre para o cinema, mas que nos trouxe uma obra prima incomparável.
1-THE FOUNTAIN-Darren Aronofsky
Um filme que fala sobre a vida, a morte, e o que existe para além de tudo isso. Através de metáforas sobre a busca da imortalidade, transfigura-nos a base de todo o filme, o amor, e o toda a sua força no plano da mortalidade humana.
Uma obra prima que nos ensina, de certa forma, a encarar a vida tal como deve ser, seguindo os nossos sonhos de forma vincada e sem qualquer preconceito.
Um filme para toda a eternidade, para mim, o melhor filme desta década.
2-EASTERN PROMISES-David Cronenberg
Um filme cruel, negro e frio, que ilustra a oposição vida/morte da forma mais trágica possivel, a da realidade.
Brilhante interpretação de Viggo Mortensen.
Um dos filmes da década.
3-SUNSHINE-Danny Boyle
Filme pessoal, com cenas líricas esplendorosas, que retrata o poder da humanidade sobre o universo e o poder do homem sobre a vida.
Banda sonora assombrosa, que ajuda o espectador a intrometer-se nesta viagem pessoal, dentro da alma de cada um.
4-LETTERS FROM IWO JIMA-Clint Eastwood
Com uma fotografia magistral, realização quase perfeita e interpretações magnificas(de destacar Ken Watanabe), este "Letters" é o oposto do seu 'irmão americano"(Flags of our Fathers), demonstrando-nos o desespero, a fé e toda a força do povo japonês, num dos momentos mais dificeis da sua história.
5-ZODIAC-David Fincher
David Fincher habituou-nos ao Bom ou ao Muito Bom, este "Zodiac" encontra-se no meio das duas designações, entre o magnifico "The Game" e o interessante "Panic Room".
História complexa, personagens muito bem desenvolvidas e uma realização sempre competente fazem deste Zodiac um thriller de grande qualidade.
6-BLOOD DIAMOND-Edward Zwick
Um filme que junta uma relação entre pai e filho tao cheia de sentimento, dois dos melhores actores desta década, uma história interligada e que desenvolve um tema polémico de forma equilibrada(coisa rara no cinema actual), merece sem dúvida estar neste top.
Dicaprio presenteia-nos novamente com uma grande interpretação, mas desta vez a ombrear com o enorme Djimon Hounsou.
7-APOCALYPTO-Mel Gibson
Extraordinária representação de um dos maiores povos de sempre!
Explora o interior humano tanto no aspecto selvagem como racional, sempre conduzindo o espectador a uma sensação de asfixia, tanto pelas cenas recriadas, como pela incapacidade de compreensão de um povo, que em prol da sua crença, sacrificava o que de mais belo existe no mundo, o ser humano.
Palmas para Mel Gibson.
8-VENUS-Roger Michell
Peter O'Toole aparece neste filme para nos brindar com uma das suas melhores interpretações.
Filme que retrata uma relação impossivel, mas sempre de forma humana e amorosa.
Ensina-nos a dar-mos mais importância as pessoas de quem realmente gostamos.
9-DOMINO-Tony Scott
Escolho este filme não só pela história bastante interessante, pelas boas interpretações(de onde há a destacar Keira Knightley), mas sim porque me diz bastante a nível pessoal.
Um exemplo de que podemos contrariar o destino e comandar a nossa vida como desejamos, um exemplo de como podemos ser nós a viver as nossas vidas e não a sociedade a consumi-las.
10-AMERICAN GANGSTER-Ridley Scott
Ridley Scott é um dos meus realizadores preferidos, e neste filme nao me decepciona, contudo também nao me apaixona.
"American Gangster" usufrui de dois dos melhores actores dos últimos anos, contudo a personagem de Russel Crowe é muito mal explorada e toda a sua relação familiar é uma nulidade emocional. Denzel Washington, por sua vez, tem uma personagem magnifica, que dá todo o brilho a este filme.
Desta forma, ficam aqui os que para mim foram os dez melhores filmes de 2007, um ano pobre para o cinema, mas que nos trouxe uma obra prima incomparável.
1-THE FOUNTAIN-Darren Aronofsky
Um filme que fala sobre a vida, a morte, e o que existe para além de tudo isso. Através de metáforas sobre a busca da imortalidade, transfigura-nos a base de todo o filme, o amor, e o toda a sua força no plano da mortalidade humana.
Uma obra prima que nos ensina, de certa forma, a encarar a vida tal como deve ser, seguindo os nossos sonhos de forma vincada e sem qualquer preconceito.
Um filme para toda a eternidade, para mim, o melhor filme desta década.
2-EASTERN PROMISES-David Cronenberg
Um filme cruel, negro e frio, que ilustra a oposição vida/morte da forma mais trágica possivel, a da realidade.
Brilhante interpretação de Viggo Mortensen.
Um dos filmes da década.
3-SUNSHINE-Danny Boyle
Filme pessoal, com cenas líricas esplendorosas, que retrata o poder da humanidade sobre o universo e o poder do homem sobre a vida.
Banda sonora assombrosa, que ajuda o espectador a intrometer-se nesta viagem pessoal, dentro da alma de cada um.
4-LETTERS FROM IWO JIMA-Clint Eastwood
Com uma fotografia magistral, realização quase perfeita e interpretações magnificas(de destacar Ken Watanabe), este "Letters" é o oposto do seu 'irmão americano"(Flags of our Fathers), demonstrando-nos o desespero, a fé e toda a força do povo japonês, num dos momentos mais dificeis da sua história.
5-ZODIAC-David Fincher
David Fincher habituou-nos ao Bom ou ao Muito Bom, este "Zodiac" encontra-se no meio das duas designações, entre o magnifico "The Game" e o interessante "Panic Room".
História complexa, personagens muito bem desenvolvidas e uma realização sempre competente fazem deste Zodiac um thriller de grande qualidade.
6-BLOOD DIAMOND-Edward Zwick
Um filme que junta uma relação entre pai e filho tao cheia de sentimento, dois dos melhores actores desta década, uma história interligada e que desenvolve um tema polémico de forma equilibrada(coisa rara no cinema actual), merece sem dúvida estar neste top.
Dicaprio presenteia-nos novamente com uma grande interpretação, mas desta vez a ombrear com o enorme Djimon Hounsou.
7-APOCALYPTO-Mel Gibson
Extraordinária representação de um dos maiores povos de sempre!
Explora o interior humano tanto no aspecto selvagem como racional, sempre conduzindo o espectador a uma sensação de asfixia, tanto pelas cenas recriadas, como pela incapacidade de compreensão de um povo, que em prol da sua crença, sacrificava o que de mais belo existe no mundo, o ser humano.
Palmas para Mel Gibson.
8-VENUS-Roger Michell
Peter O'Toole aparece neste filme para nos brindar com uma das suas melhores interpretações.
Filme que retrata uma relação impossivel, mas sempre de forma humana e amorosa.
Ensina-nos a dar-mos mais importância as pessoas de quem realmente gostamos.
9-DOMINO-Tony Scott
Escolho este filme não só pela história bastante interessante, pelas boas interpretações(de onde há a destacar Keira Knightley), mas sim porque me diz bastante a nível pessoal.
Um exemplo de que podemos contrariar o destino e comandar a nossa vida como desejamos, um exemplo de como podemos ser nós a viver as nossas vidas e não a sociedade a consumi-las.
10-AMERICAN GANGSTER-Ridley Scott
Ridley Scott é um dos meus realizadores preferidos, e neste filme nao me decepciona, contudo também nao me apaixona.
"American Gangster" usufrui de dois dos melhores actores dos últimos anos, contudo a personagem de Russel Crowe é muito mal explorada e toda a sua relação familiar é uma nulidade emocional. Denzel Washington, por sua vez, tem uma personagem magnifica, que dá todo o brilho a este filme.
Assinar:
Postagens (Atom)