O próprio titulo deste filme é uma metáfora. A vida é uma estrada finita que seguimos, desconhecendo o que nos irá aparecer à nossa frente. Em "The Road", passa-se exactamente o mesmo. Os protagonistas avançam desconhecendo em absoluto o que se irá seguir. O filme procura ajudar-nos a entender o significado do nosso percurso, tendo como base o sofrimento humano a um nível bastante elevado. Questionando-nos sobre factos simples, como a importância que damos às pequenas coisas, ou factos complexos, como a verdadeira questão da vida: será o caminho que seguimos o realmente correcto?
O desespero do mundo real é tal que o pai ensina ao filho uma maneira de se suicidar, caso tudo desapareça. O mundo é negro e sem uma gota de esperança. A mensagem ambiental não é metafórica, nem se traduz pelo uso de simbolos. É aquilo que vemos e que sentimos.
Os constantes flashbacks, os actos de canibalismo e o confronto entre um possivel suicidio e viver neste mundo sombrio, são factores que nos emergem numa nuvem negra de desespero e questões morais transcendentes a tudo o resto. Não há forma de esconder que "The Road" é o exemplo claro de um verdadeiro futuro negro. Não há heróis como em Mad Max, não há amizade e esperança como em "Terminator", não há máquinas do tempo como em "12 monkeys". Há apenas o que existe, o real. Esta é das poucas vezes que um filme pós apocaliptico se aproxima tanto da vida real que conhecemos.
Até que ponto a sobrevivência vale a pena num mundo completamente destruido e sem hipotese de retorno? De que nos serve caminhar por um mundo devastado e vazio, onde só existe crueldade e nada mais poderá nascer? "The Road" explica-nos tudo isto, ou faz-nos pensar nisto.
Os flashbacks são como os nossos pensamentos passados, simbolizam o que de bom ou mau se passou connosco numa determinada altura, sempre de forma natural.
Todo este péssimismo e dramatismo resulta de forma perfeita. Quando há algo um pouco menos negativo, nós como espectadores sentimos um enorme alivio e uma grande felicidade pelos protagonistas. Embora saibamos que a crueldade é a única matriz deste mundo tão real.
Os flashbacks limitam-se a aumentar ainda mais o nosso desespero. Pois são sempre curtos, tanto nas partes felizes como tristes.
Tocante do ponto de vista relação pai-filho. Tocante do ponto de vista da humanidade e do sofrimento. Cruelmente tocante por ser uma possibilidade futura para o nosso mundo.
Além de todas estas temáticas, também o facto de as crianças procurarem relacionamentos, a felicidade, a amizade em todas as coisas, é explorada de forma bastante simples.
A realização é soberba, acompanhando o estilo sombrio do filme, com planos distantes e correctos. A fotografia envolve-nos num mundo cinzento, em que não existe um pingo de cor(esperança).
"The Road" é um dos filmes mais expantosos dos últimos anos. Kodi Smit-Mcphee tem um papel fantástico para um miúdo da sua idade.Viggo Mortensen tem aqui a sua melhor representação de sempre, interpretando um homem que nos ensina realmente algo, neste nosso mundo coberto de riqueza desmedida e pobreza infinita. Ensina-nos que a felicidade não se encontra no que podemos alcançar, mas no que realmente temos. E o que temos é a nossa familia, os nossos amigos e nós próprios.
O desespero do mundo real é tal que o pai ensina ao filho uma maneira de se suicidar, caso tudo desapareça. O mundo é negro e sem uma gota de esperança. A mensagem ambiental não é metafórica, nem se traduz pelo uso de simbolos. É aquilo que vemos e que sentimos.
Os constantes flashbacks, os actos de canibalismo e o confronto entre um possivel suicidio e viver neste mundo sombrio, são factores que nos emergem numa nuvem negra de desespero e questões morais transcendentes a tudo o resto. Não há forma de esconder que "The Road" é o exemplo claro de um verdadeiro futuro negro. Não há heróis como em Mad Max, não há amizade e esperança como em "Terminator", não há máquinas do tempo como em "12 monkeys". Há apenas o que existe, o real. Esta é das poucas vezes que um filme pós apocaliptico se aproxima tanto da vida real que conhecemos.
Até que ponto a sobrevivência vale a pena num mundo completamente destruido e sem hipotese de retorno? De que nos serve caminhar por um mundo devastado e vazio, onde só existe crueldade e nada mais poderá nascer? "The Road" explica-nos tudo isto, ou faz-nos pensar nisto.
Os flashbacks são como os nossos pensamentos passados, simbolizam o que de bom ou mau se passou connosco numa determinada altura, sempre de forma natural.
Todo este péssimismo e dramatismo resulta de forma perfeita. Quando há algo um pouco menos negativo, nós como espectadores sentimos um enorme alivio e uma grande felicidade pelos protagonistas. Embora saibamos que a crueldade é a única matriz deste mundo tão real.
Os flashbacks limitam-se a aumentar ainda mais o nosso desespero. Pois são sempre curtos, tanto nas partes felizes como tristes.
Tocante do ponto de vista relação pai-filho. Tocante do ponto de vista da humanidade e do sofrimento. Cruelmente tocante por ser uma possibilidade futura para o nosso mundo.
Além de todas estas temáticas, também o facto de as crianças procurarem relacionamentos, a felicidade, a amizade em todas as coisas, é explorada de forma bastante simples.
A realização é soberba, acompanhando o estilo sombrio do filme, com planos distantes e correctos. A fotografia envolve-nos num mundo cinzento, em que não existe um pingo de cor(esperança).
"The Road" é um dos filmes mais expantosos dos últimos anos. Kodi Smit-Mcphee tem um papel fantástico para um miúdo da sua idade.Viggo Mortensen tem aqui a sua melhor representação de sempre, interpretando um homem que nos ensina realmente algo, neste nosso mundo coberto de riqueza desmedida e pobreza infinita. Ensina-nos que a felicidade não se encontra no que podemos alcançar, mas no que realmente temos. E o que temos é a nossa familia, os nossos amigos e nós próprios.
3 comentários:
Olha quem é ele : O não sabia que tinhas um blogue : O
Também vi esse filme. Só não compreendi o Fim, não se adequa... A não ser que seja a última mensagem de esperança que há quando ele fica com aquela família.
Como uma esperança de que ainda se vai a tempo.
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Comentei com o log-in errado -.- *
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