domingo, 27 de julho de 2008

Eu, para mim.

"Começo onde acabou. Você analisa os sonhos. Eu dou às pessoas coragem para sonhar. Você disseca-as às partes. Eu deixo-as agir os seus papéis conflituantes, ajudando-as a juntar as partes de novo" - conversa entre Jacob Levy Moreno e Sigmund Freud.

Eu também procuro dar coragem às pessoas para sonharem, para lutarem, para viverem. Tento ajudá-las a juntar as partes de novo, as partes que perderam ou que nunca encontraram. Não o faço para que me agradeçam, ou para ser reconhecido por isso, não escrevo este texto para quem me está a ler, escrevo-o porque é assim que sou e porque o faço para mim, para os outros, mas quem mais ajudo sou eu, porque é assim que me sinto bem. É como ter nascido para uma profissão que não a é, ou ter uma obrigação que é apenas prazer, prazer pessoal.
E assim nascem as amizades, a confiança e a utopia de um mundo melhor.

sábado, 12 de julho de 2008

A História Interminável



"As paixões humanas são misteriosas, e as das crianças não o são menos que as dos adultos. As pessoas que as experimentaram não as sabem explicar, e as que nunca as viveram não as podem compreender. Há pessoas que arriscam a vida para atingir o cume de uma montanha. Ninguém é capaz de explicar porquê, nem mesmo elas. Outras arruinam-se para conquistar o coração de uma determinada pessoa que não quer saber delas para nada. Outas destroem-se a si mesmas porque não são capazes de resistir aos prazeres da mesa - ou da garrafa. Outras ainda arriscam quanto possuem num jogo de azar, ou sacrificam tudo a uma ideia fixa que nunca se pode realizar. Algumas pensam que só podem ser felizes noutro sítio que não naquele onde estão e vagueiam pelo mundo durante toda a vida. Há ainda as que não descansam enquanto não conquistam o poder. Em suma, há tantas paixões diferentes quantas as pessoas."  - "A História Interminável" de Michael Ende, o meu livro preferido.
E isto é tudo tão verdade...

domingo, 6 de julho de 2008

E perder um amigo(a) é...

E perder uma amiga é como se, de algum modo, tivesse morrido, porque é uma alteração total da pessoa, deixas de poder contar com ela, desaparece da tua vida, a diferença é que quando morre tu a recordas graciosamente como foi, e quando acontece isto, tu continuas a ver o 'novo alguém' apoderar-se do corpo dela e manchar-lhe a imagem, contudo nada podes fazer, além de afastar os olhos e esquecer que ela existe, fingir que nunca existiu, mesmo que cada vez que pares a sintas, sintas a falta daquilo, vais apenas fingir que nada se passou e nunca existiu, é estranho, mas é a realidade da vida, e nada podemos fazer para a alterar, mesmo depois de já tudo termos feito. Seguimos caminhos diferentes e esquecemo-nos do que fomos um para o outro, acontece, mas vou tentar que nao aconteça mais.
Acontece, dar-mos tudo a alguém e no fim sermos esquecidos.
Não queria, mas nada posso fazer.
Doí bastante, aos poucos.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Maturidade

É a maturidade que controla a tua inteligência. Podes ter a inteligência dentro de ti, mas se não fores racional o suficiente para a usar, nunca conseguirá exprimir-se totalmente. É como um animal numa jaula, tu sabes que ele está lá, mas não consegues controlar as suas acções.
A maturidade permite-te usar a inteligência, por vezes resulta sem essa maturidade, mas é apenas questão de sorte, pode resultar ou não. As crianças apesar de imaturas são inteligentes, porque por vezes essa inteligência resulta, mas não na maior parte das vezes.
A diferença entre um ser mesmo inteligente e um que possuí a inteligência, é a racionalidade e a forma de a usar.
Se fores inteligente mas não pensares na forma como obtens sempre o melhor de ti, então de que serve? A maior parte das vezes não vais usar metade dessa inteligência.
Com a maturidade, que engloba determinadas caracteristicas, vais ser capaz sempre de usar o máximo da tua inteligência.
A maturidade não vem apenas com a idade, vem também com a tua personalidade.
Antes de utilizares as tuas ideias, essa ‘inteligência’ que possuís dentro de ti, pára e pensa um bocado, estás realmente a utilizá-la ao máximo e da melhor forma?