domingo, 31 de outubro de 2010

Questões de morte

Um dos maiores problemas das sociedades actuais, nomeadamente da Europa, é o da morte. Falo a nível anímico de quem perde alguém. A nossa sociedade está construída de uma forma em que nada há para além da morte, e como tal, quando alguém morre, é o seu fim e nunca mais voltaremos a ter contacto com essa pessoa. A morte de um ponto de vista fatalista, torna-nos vulneráveis e seres humanos tristes, que vivem com medo dela e com medo que ela nos leve alguém querido. É certo que todos temos que morrer, esta é uma realidade objectiva para tudo o que vive. Portanto, desta forma, viver este sentimento como algo fatalista é estar a condenar a própria vida, e como algúem já disse, ter medo da morte é ter medo de viver.
A solução? Não existe uma solução exacta, mas creio que poderiamos culturalmente atenuar esta visão e ver a morte como um momento de passagem para algo, momento esse obrigatório.
Nalgumas culturas celebra-se a morte. Noutras entende-se como algo natural. Na nossa sofremos até mais não, por vezes entramos em depressão e noutras alturas cometemos suicidio.
A morte é inevitavel. Devemos sempre ficar tristes por perder alguém. Mas nao podemos deixar que essa tristeza conduza a nossa vida até ao fim da nossa própria vida.
E sim, já perdi duas pessoas muito próximas.