sábado, 18 de abril de 2009

The Fountain

Abriu os olhos. Chovia intensamente lá fora. Quase que parecia que as gotas de água eram atraídas pelo carro. Com cada vez mais força, o tempo manifestava a sua vontade. Dentro do carro acontecia o mesmo, como em analogia com o tempo, dois seres da natureza beijavam-se calmamente. Cada toque era sentido com a maior força e sentimento possivel, como se fosse o último toque, a ultima sensação de segurança, sempre a última, mas sem fim.
Lá fora chovia mais, a natureza manifestava-se através da água, de um processo conhecido e explicado pelos biólogos, mas cuja essência é completamente desconhecida, tal como o que acontecia dentro do carro. O motivo para os corpos se moverem, se tocarem um no outro, para os beijos ocorrerem era facto conhecido, mas a essência dos seus actos era um puro mistério. O que eles sentiam ultrapassava o possivel de explicar ou exteriorizar. Ultrapassava a comum palavra do amor, ultrapassava todos os outros seres humanos e as suas expressões naturais.
Num local determinado, acontecia algo indiferente a toda a humanidade, mas que para eles tinha o maior sentimento do mundo. Estavam ali os dois e ali estava tudo, toda a natureza do ser humano, toda a força e amor. O tempo podia esquecer-se deles e deixá-los ali, não se importavam, pelo contrario, era o que queriam, enganar o tempo, esconderem-se e não serem descobertos por ele.
A natureza expressava-se através da chuva, os dois humanos através do seu amor. Eram dois amores unidos pela essência mais pura da natureza e do facto de advirem ambos do planeta.
Tal como a chuva é infinita e com vida eterna, o amor de ambos procurava uma analogia incontestável.
Não havia necessidade de procurar, essa analogia tinha-os encontrado a eles. Eram os dois os escolhidos, desafiavam leis e regras não sociais, mas humanas. Ultrapassavam tudo.
Finalmente o ser humano descobriu o verdadeiro sentido do elixir da vida. Não é o de prolongar a vida do ser humano até à infinidade, é o de amar até à infinidade e eles conseguiram.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

You are my universe

He woke up! She was by his side, like yesterday and like all other days.
It has passed so long since they first met. It was all the same, the feelings, emotions, their touch and smiles. Surrounding them there was absolutely nothing. A big, gigantic nothing was all that was left.
He kissed her. Once, twice, so many times that she woke up with a bright, big smile.
They had no bodies, they were not a physical part. They were two big souls that together create all other things. They were the universe.
He grabbed her hand and they just flew away from the nothing, creating worlds, dimensions as they liked. He created a garden world for her, just to see that smile again.
She kissed him, not in the mouth, but in the heart. It was the most beautiful thing that ever existed. Two souls, as one, gathering just like that in perfection!
The universe begun to rise again. Together they were so powerfull that everything started to exist again, only because of one kiss, one sincerely kiss.
Seconds later, the universe was created again, but this time it was so pure and perfect. Their love created life within the universe, just by loving each other truly.
The first planet reborn had their initials.
Their first creation was something unique, that no one ever forgot.
The MJ planet was the center of life, love and joy in all universe, and their love an infinite strength of freedom!

In, “The Story of the Universe”, by João Miguel Fernandes.
Dedicated to the one I love.